O juiz Alexandre Delicato Pampado determinou a realização de um exame de insanidade mental em Antônio Anderson Ferreira Lima, de 34 anos, que está preso por ter matado a agente de saúde Regy Rouse Lopes de Oliveira, de 51 anos, e esfaqueado a médica Jaqueline Matos da Croce, de 31 anos, que estava grávida e sobreviveu. O ataque foi praticado dentro de uma unidade de saúde em Primavera do Leste (231 km de Cuiabá), no dia 25 de agosto deste ano.
Conforme a decisão, com o andamento das investigação da Polícia Civil, na qual Antônio foi indiciado por homicidio qualificado e tentativa de homicídio, ainda restaram dúvidas acerca da sanidade mental do acusado. Por este motivo, a defesa solicitou o exame e o magistrado acolheu o pedido. Ele fixou o prazo de 45 dias para que o laudo médico seja entregue à Justiça.
“Considerando que há dúvidas a respeito da sanidade mental do acusado, se faz necessária a instauração do competente incidente, razão pela qual defiro o pedido formulado pela defesa e determino seja o denunciado submetido à exame médico-legal para atestar a sua condição mental, bem como se ao tempo da sua ação delitiva era capaz de entender o caráter ilícito de sua conduta ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, o que faço com fundamento no artigo 149 do Código de Processo Penal.”, diz trecho do documento.
Relembre o crime
No dia 25 de agosto, a médica Jaqueline estava atendendo na Unidade Estratética de Saúde da Família (ESF), do bairro São José, quando o paciente Antônio Anderson invadiu o local armado com uma faca escondida na cintura e golpeou a médica que estava grávida de 5 meses. Ela foi atingida por golpes na barriga.
Uma testemunha interviu e jogou uma mesa na direção do assassino que fugiu do local. Na saída ele atingiu a agente de saúde Regy Rouse com uma facada no tórax. Ela foi socorrida, mas morreu quando passava por a uma cirurgia. A médica permaneceu alguns dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e recebeu alta. Apesar do susto, o bebê nada sofreu.
Após ser preso, o suspeito relatou aos policiais alegou que teria sido mal atendido no local e por isso atacou a médica. Ele ainda gravou um vídeo dizendo que os “poderosos” da Justiça brasileira tentaram usar a medicina para tirar a sua vida. Em outra gravação, o suspeito aparecia com uma faca na mão, dizendo que tinha acabado de agir e que esperava pela polícia.
Fonte: Folha Max