• 30 de janeiro de 2025
#Agronegócio

Indicação de Brooke Rollins para Dirigir o USDA Levanta Controvérsias sobre Etanol e Subsídios Agrícolas

A nomeação de Brooke Rollins, escolhida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para comandar o Departamento de Agricultura (USDA), tem gerado controvérsias devido ao seu histórico de oposição ao etanol e aos subsídios agrícolas. Rollins, que foi presidente da Texas Public Policy Foundation de 2003 a 2018, liderou uma organização que contestava tanto os mandatos de mistura de etanol quanto o apoio governamental a subsídios agrícolas, questões que ela poderá influenciar diretamente caso seja confirmada no cargo.

Esse histórico pode causar desconforto durante sua audiência de nomeação no Senado, prevista para quinta-feira, principalmente entre parlamentares de Estados agrícolas. Grupos de pressão do setor de etanol, como a Renewable Fuels Association, expressaram preocupação com a postura de Rollins sobre o biocombustível. Geoff Cooper, presidente da associação, afirmou que a audiência é uma oportunidade para Rollins esclarecer antigas declarações sobre o etanol que considera equivocadas.

Durante sua gestão na Texas Public Policy Foundation, Rollins e a organização se opuseram ao apoio do governo federal ao etanol, alegando que o programa de mistura de biocombustível aumentava as emissões de gases de efeito estufa, elevava os preços dos alimentos e dos combustíveis, e prejudicava a economia. A visão do setor de petróleo sobre o etanol, visto como uma ameaça à participação do mercado de gasolina, também se alinhava a essas críticas. Um artigo da fundação, de 2012, chegou a afirmar que o etanol apoiado pelo governo era uma das políticas mais prejudiciais à economia e ao meio ambiente.

Além disso, Rollins apoiou Kathleen Hartnett White em sua candidatura à presidência do Conselho de Qualidade Ambiental da Casa Branca em 2017, mas a indicação foi retirada após críticas relacionadas ao posicionamento de White sobre o etanol. Em 2008, White também foi uma das defensoras de suspender parcialmente o programa de mistura de etanol no Texas, uma medida que a Agência de Proteção Ambiental rejeitou.

Sob sua liderança, a Texas Public Policy Foundation também se manifestou contra os subsídios agrícolas. Em um relatório de 2016, a organização argumentava que as garantias de empréstimos agrícolas distorciam o mercado, posicionamento contrário ao trabalho do USDA, que anualmente emite bilhões de dólares em empréstimos para apoiar a agricultura nacional.

Rollins, que atuou como diretora interina do Conselho de Política Doméstica durante o primeiro mandato de Trump, enfrentará a análise dos senadores na audiência de nomeação. Embora tenha um histórico de apoio a políticas que favoreciam o setor de petróleo, ela conta com o respaldo de mais de 400 grupos agrícolas que escreveram uma carta de apoio à sua nomeação, destacando sua relação próxima com Trump como garantia de que a agricultura e os interesses rurais terão uma voz influente nas decisões da Casa Branca.

O apoio de Rollins à nomeação foi também respaldado por grupos do setor de etanol, como a Growth Energy, que acredita que o governo Trump continuará apoiando as prioridades do setor. A posição do governo em relação ao etanol durante o primeiro mandato de Trump foi ambígua: por um lado, ele permitiu a venda de misturas mais altas de etanol durante o ano todo, mas, por outro, ampliou o uso de isenções para pequenas refinarias, o que irritou o setor de etanol.

Fonte: Portal do Agronegócio

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