• 19 de dezembro de 2025
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Mercado solar brasileiro deve recuar 7% em 2026 com entraves regulatórios e dificuldades de conexão

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Setor solar deve registrar retração em 2026

Projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) indicam que o mercado solar no Brasil deve registrar uma queda de 7% na instalação de novos projetos em 2026, comparado a 2025. Se confirmada, esta será a segunda retração consecutiva após o recorde de crescimento histórico registrado em 2024.

O setor deve adicionar 10,6 gigawatts (GW) de potência solar em 2026, abaixo dos 11,4 GW adicionados em 2025. Já o total instalado em 2025, de 11,4 GW, representou queda de 24% em relação aos 15 GW instalados em 2024.

Grandes usinas e sistemas próprios enfrentam desafios distintos

Nos grandes projetos solares, a retração está relacionada à falta de compensação pelos cortes de geração (curtailment), que geram prejuízos financeiros aos geradores.

Para pequenos e médios sistemas de geração própria, o crescimento é limitado por negativas de conexão à rede elétrica, alegando incapacidade das linhas de distribuição e problemas de inversão de fluxo de energia. Esses entraves têm afastado consumidores interessados em gerar energia limpa localmente.

Alto custo de capital e impostos pesam sobre novos investimentos

Além das barreiras regulatórias, o alto custo de financiamento no Brasil, com juros próximos a 15% ao ano, a volatilidade do dólar e as altas alíquotas de importação de equipamentos fotovoltaicos impactam diretamente a decisão de investir em novos projetos.

A ABSOLAR projeta que os investimentos em energia solar em 2026 somarão R$ 31,8 bilhões, queda significativa frente aos R$ 40 bilhões registrados em 2025.

Empregos e arrecadação também devem cair

Com a retração do setor, o volume de empregos gerados deve diminuir: são esperados 319,9 mil novos postos de trabalho em 2026, ante os 396,5 mil de 2025. A arrecadação fiscal também será afetada, passando de R$ 13 bilhões em 2025 para cerca de R$ 10,5 bilhões em 2026.

Ao final de 2026, a previsão é de que o Brasil alcance 75,9 GW de potência solar acumulada, sendo 51,8 GW em pequenos e médios sistemas e 24,1 GW em grandes usinas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

ABSOLAR busca soluções para superar entraves

Diante do cenário desafiador, a ABSOLAR planeja atuar em 2026 para:

  • Implementar compensação aos cortes de geração;
  • Superar obstáculos de conexão de pequenos e médios sistemas;
  • Regulamentar sistemas de armazenamento de energia elétrica;
  • Expandir infraestrutura de transmissão e distribuição;
  • Incluir agentes nos debates regulatórios sobre Recursos Energéticos Distribuídos (REDs);
  • Aperfeiçoar operação do sistema elétrico e regras de Leilões de Reserva de Capacidade (LRCAP) de Armazenamento;
  • Valorizar custos e benefícios da geração distribuída;
  • Defender a energia solar na modernização das tarifas e na implementação da Lei nº 15.269/2025.

A entidade também deve apresentar propostas aos candidatos à Presidência da República, buscando soluções urgentes para manter a expansão da energia solar no Brasil e garantir a continuidade da transição energética.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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