• 30 de junho de 2025
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POLÍTICA

Família Pinheiro articula retorno em 2026 com Emanuel e Emanuelzinho na disputa

Ex-prefeito de Cuiabá busca retomar espaço político após deixar a prefeitura com baixa popularidade; filho tentará a reeleição na Câmara dos Deputados como nome forte da nova chapa do PSD
Foto: Reprodução

Seis meses após deixar o comando da Prefeitura de Cuiabá com forte desgaste político, o ex-prefeito Emanuel Pinheiro já se articula nos bastidores para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa em 2026. Ao mesmo tempo, seu filho, o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (Emanuelzinho), prepara sua reeleição com nova filiação: ambos devem migrar para o PSD, partido liderado em Mato Grosso pelo ministro da Agricultura Carlos Fávaro, um dos principais articuladores do governo Lula no estado.

A decisão de sair do MDB foi impulsionada pela disputa interna com a deputada estadual Janaína Riva, que deve ser candidata ao Senado Federal e atualmente concentra o poder sobre a legenda. Desafetos declarados, Emanuel e Janaína romperam totalmente após a parlamentar assumir o protagonismo nas decisões da sigla, deixando os Pinheiro politicamente isolados. A filiação ao PSD representará não apenas uma saída institucional, mas uma tentativa clara de reconstrução política em uma nova casa.

O PSD prepara uma superchapa para deputado federal, que deve reunir lideranças de centro, centro-esquerda e até mesmo quadros históricos do PT, como Rosa Neide, após as federações progressistas não conseguirem eleger representantes próprios nas últimas eleições. Emanuelzinho fará parte da nominata competitiva do partido, e Emanuel integrará a chapa estadual — ambos com espaço real de vitória.

Emanuel Pinheiro governou Cuiabá por oito anos (2017–2024), após quatro mandatos na Assembleia Legislativa: foi eleito deputado estadual em 1994, 1998, 2010 e 2014. Deixou a prefeitura sem conseguir eleger seu sucessor, marcado por denúncias, desgaste administrativo e baixa aprovação. Agora, já está em pré-campanha para a Assembleia, com forte atuação nas redes sociais e retomada do discurso combativo — principalmente contra a atual gestão municipal. A base que o sustenta diminuiu, mas segue suficiente para garantir sua eleição, especialmente com o reforço da estrutura partidária do PSD.

Já Emanuelzinho, de 29 anos, vai para sua terceira disputa à Câmara dos Deputados. Eleito em 2018 com 76.781 votos e reeleito em 2022 com 74.720, construiu um perfil de atuação nacional. Foi presidente da Comissão de Segurança Pública e vice-líder do governo Lula em 2023, tornando-se nome respeitado dentro e fora da bancada do MDB — legenda da qual agora se despede. No PSD, se reposicionará como um dos principais nomes do partido a nível de Estado, com influência crescente também no cenário federal.

A movimentação dos Pinheiro representa uma tentativa calculada de renascimento político. Emanuel, ainda marcado pelos desgastes da prefeitura, tenta se reinventar no parlamento estadual. Emanuelzinho, com imagem mais leve e trajetória em ascensão, busca ocupar posição de destaque no novo partido, alinhado ao núcleo político de Carlos Fávaro e com trânsito junto ao Palácio do Planalto.

A eleição de 2026 será um divisor de águas. Se eleitos, pai e filho voltarão a ocupar simultaneamente cadeiras nos dois parlamentos — estadual e federal. Se derrotados, selam o maior revés da dinastia política que começou ainda na década de 1960 com Emanuel Pinheiro da Silva Primo, foi fortalecida pelo ex-senador Jonas Pinheiro, e tenta resistir agora em sua terceira geração.

A disputa está em curso. E, mais uma vez, os Pinheiro não pretendem sair de cena — pelo contrário, querem o centro do palco.

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