• 5 de junho de 2025
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POLÍTICA

Jayme Campos exige protagonismo em 2026: “Não serei papel celofane”

Senador reage à articulação entre União Brasil e PP, critica apoio antecipado a Pivetta e cobra respeito à sua história política; bastidor expõe tensão com projeto de Mauro Mendes
Foto: Reprodução

O senador Jayme Campos (União Brasil) elevou o tom contra articulações internas em seu partido que sinalizam apoio antecipado à candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) ao governo de Mato Grosso em 2026. Em entrevista nesta segunda-feira (02), antes da reunião entre União Brasil e PP para tratar da possível criação de uma federação, Jayme afirmou que não aceitará ser tratado como “mercadoria” e cobrou espaço na construção do projeto majoritário da legenda.

“Vamos discutir, vem para cá o PP, vamos somar. O que nós não aceitamos é sermos vendidos (…). Para mim tanto faz ser governador, senador ou não ser nada também, eu não aceito é ‘embrulhado em papel celofane’ ser entregue como se fosse uma mercadoria”, disparou o senador, numa crítica direta ao processo de negociação conduzido por aliados do governador Mauro Mendes (União Brasil), que defende a candidatura de Pivetta ao Palácio Paiaguás.

A tensão expõe um racha dentro do União Brasil, onde Jayme trava uma “batalha” interna por protagonismo. O senador teme que, com a entrada do PP na federação, lideranças próximas a Mendes — como Cidinho Santos e Paulo Araújo — passem a ditar os rumos eleitorais do bloco, marginalizando seu grupo político e empurrando-o para uma posição decorativa nas chapas.

Segundo bastidores, a articulação em curso envolve consolidar uma frente liderada por Mauro Mendes ao Senado, com Pivetta ao governo, e selar um acordo entre União Brasil, PP e Republicanos. Nesse desenho, o PL — atual adversário da gestão estadual — seria isolado, reforçando o domínio do grupo de Mendes sobre a sucessão. É justamente contra esse movimento que Jayme se insurge.

“Hoje, independentemente de qualquer coisa, pode bater uma pesquisa dentro do estado: Jayme Campos, se colocar o nome dele na praça, falar que é candidato seja a governador ou a senador, está muito bem avaliado. Eu não coloquei o bloco na rua ainda, eu acho que é muito prematuro, vamos aguardar. Qualquer movimentação já, descaradamente ou demasiadamente, eu acho que o cidadão está indo para o caminho errado”, ponderou.

Histórico vitorioso

Jayme Campos tem autoridade para cobrar respeito. Ex-governador de Mato Grosso (1991–1994), foi também prefeito de Várzea Grande e atualmente cumpre seu segundo mandato no Senado Federal — eleito em 2018 com 490.699 votos. Sua primeira eleição para o Senado foi em 2006, e desde então seu nome permanece como um dos mais expressivos da política estadual.

Com base consolidada na Baixada Cuiabana e trânsito entre todas as regiões do estado, Jayme lidera um grupo político com forte presença institucional. Também já exerceu o comando do Senado Federal em períodos interinos, quando foi 1º vice-presidente da Casa.

Projeção para 2026

Ainda sem anunciar se disputará o governo ou buscará a reeleição, o senador deixou claro que pretende interferir diretamente na condução do processo. E que não aceitará ser rifado.

A frase que marcou sua reação resume o recado ao seu próprio partido: “Eu não serei papel celofane”.

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