• 12 de fevereiro de 2025
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Exportações do agronegócio brasileiro recuam em 2024 após quatro anos de recordes

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O faturamento em dólar com as exportações do agronegócio brasileiro registrou uma queda de 1,3% em 2024 na comparação com o ano anterior, totalizando US$ 164,4 bilhões. O levantamento, realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, tem como base os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Secretaria de Comércio Exterior (Siscomex). O recuo ocorre após quatro anos consecutivos de avanços e recordes no faturamento das exportações do setor, entre 2020 e 2023.

Os pesquisadores do Cepea destacam, no entanto, que a forte desvalorização de 6% do real frente ao dólar em 2024, mesmo considerando a inflação brasileira, impulsionou um crescimento de 4,6% no faturamento em moeda nacional.

A queda no faturamento em dólar foi influenciada pela redução de 3% no volume exportado pelo agronegócio brasileiro, ainda que o preço médio anual dos produtos tenha aumentado 1,7% em dólar. Entre os principais fatores para a retração do volume embarcado está a expressiva queda de 28,8% nos envios do complexo soja (grão, farelo e óleo) e do milho. Por outro lado, houve crescimento significativo nas exportações de algodão em pluma (+71%), café (+30%), açúcar (+22%) e carne bovina (+26%).

Perspectivas para 2025

A safra 2024/25 de soja, milho e algodão no Brasil deve apresentar crescimento, ampliando a disponibilidade desses produtos tanto para o mercado interno quanto para exportação. No entanto, os preços internacionais dependerão do cenário global de oferta, especialmente de grandes produtores como Argentina, Estados Unidos e Ucrânia.

No segmento da carne bovina, a expectativa é de que a oferta permaneça restrita em 2025 devido ao ciclo pecuário, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. A demanda chinesa deve seguir como fator determinante para os preços, já que o país é responsável por mais da metade das importações da carne bovina brasileira.

A tendência é de que o dólar siga cotado acima de R$ 5,50 ao longo de 2025, favorecendo a competitividade das exportações do agronegócio. No entanto, desafios permanecem, como a possível imposição de tarifas sobre produtos brasileiros, o que poderia impactar os preços nos mercados consumidores e reconfigurar parcerias comerciais globais.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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