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Rondonópolis cogita lockdown após colapso na saúde e somente um leito de UTI disponível para Covid-19

| Por G1MT
Prefeitura de Rondonópolis — Foto: Wheverton Barros/Prefeitura de Rondonópolis

Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, tem apenas um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para atender pacientes de 19 municípios da região, diagnosticados com o novo coronavírus.

O município, que é o terceiro maior do estado, tem 29.497 casos de Covid-19 e 788 mortes em decorrência da doença, conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde.

O aumento de casos graves da Covid-19 tem elevado também a procura por leitos na UTI nos hospitais da cidade.

A médica intensivista Daniele Araújo chama a atenção para um possível colapso na cidade.

Desde a última quinta-feira (27), a profissional disse que vem notando um crescimento expressivo no número de internações, tanto em leitos de enfermaria quanto de UTI, em todos os hospitais da cidade, públicos e privados. Esse fato serve de alerta para toda a população sobre o risco que a exposição ao vírus pode trazer.

Outro ponto que a médica aponta é a dificuldade na compra de insumos e medicamentos para o tratamento dos pacientes com Covid-19. Os chamados kit intubação, por exemplo, não estão sendo encontrados para comprar, nem mesmo os insumos utilizados na preparação de sedativos e antibióticos.

Esse aumento expressivo do número de pessoas contaminadas e ocupantes de leitos de UTI fez com que o Comitê de Gestão de Crise orientasse o prefeito a tomar medidas mais restritivas para conter o avanço de casos com urgência na cidade.

“A situação está se agravando e estamos há 10 dias sem receber nenhuma dose da vacina. Se continuar assim teremos que fazer um lockdown. Será inevitável”, relata o prefeito de Rondonópolis José Carlos do Pátio.

Um fator que chama a atenção é a faixa etária do público que precisa desses leitos, em sua maioria jovens, com uma média de idade inferior aos 50 anos. Para a médica isso se deve à exposição maior ao vírus e também por conta de aglomerações.

A vacinação ainda é a melhor forma de prevenção. Daniele Araújo conta que a imunização do público que já recebeu a vacina tem sido eficaz, por conta da redução significativa de internações de pessoas que já receberam as doses.

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