O Ministério Público do Estado de Mato Grosso está fazendo a intermediação entre o Conselho Tutelar de Querência (a 945 Km de Cuiabá) e a Coordenação de Sistemas de Denúncias de Violações de Direitos da Criança e do Adolescente (Cidesca) de Brasília, para garantir que as adolescentes resgatadas em uma casa de prostituição no município mato-grossense, nesta quarta-feira (26), recebam o acompanhamento da rede de proteção na Capital Federal.
A articulação está sendo realizada pelo integrante do MPMT no Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado de Mato Grosso (Cetrap), promotor de Justiça Carlos Rubens de Freitas Oliveira Filho, com apoio da Promotoria de Justiça de Querência, por meio do promotor Matheus Pavão de Oliveira.
Segundo o promotor de Justiça, por estarem em situação de vulnerabilidade as adolescentes precisam de um acompanhamento efetivo em Brasília para evitar que voltem a ser exploradas sexualmente.
“Se não houver um acompanhamento efetivo dos órgãos competentes essas adolescentes podem sim voltar a ser vítimas de exploração sexual. Elas não podem simplesmente serem entregue às suas mães sem que ocorra um acompanhamento posterior”, afirmou.
Ele explica que o caso chegou ao conhecimento da polícia de Querência por meio de denúncia de familiares de uma das meninas. No momento em que chegaram à casa de prostituição, os policiais acabaram encontrando uma outra adolescente de 13 anos. Durante a ocorrência, duas mulheres foram presas em flagrante pelos crimes de favorecimento à prostituição e tráfico de pessoas para fins de exploração sexual. Na audiência de custódia, uma delas foi liberada.