O Supremo Tribunal Federal (STF) é quem vai decidir sobre a liberação, por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária Anvisa, sobre a importação e uso da vacina Sputnik V no combate a pandemia de covid-19, por Mato Grosso e outros 10 estados brasileiros.
O STF foi acionado pelo governo do Maranhão na última sexta-feira (09), pois, assim como Mato Grosso, o estado assinou o contrato de aquisição da vacina russa, mas vive a angústia de não ter a liberação por parte da Anvisa, que alega falta de documentos por parte do fabricante.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) argumenta que a petição requer a autorização à importação da vacina, já que as leis são claras ao permitir a compra pelos estados, por isso não há motivo para barrar a aquisição. Reforça ainda que a Sputnik V já foi submetida a vários testes que comprovaram sua eficácia e segurança contra a covid-19, sendo utilizada em mais de 50 países, inclusive da América Latina.
Mato Grosso
O governador Mauro Mendes (DEM) negociou 37 milhões de doses da Sputnik, sendo que a previsão era de que 1,2 milhões de doses chegassem a Mato Grosso até o fim deste mês de abril e as próximas remessas para maio, junho e julho.
Mauro chegou a implorar para que a Anvisa liberasse as doses adquiridas pelos estados, durante reunião com a agência reguladora e outros 10 governadores, no último dia (6).
“Por favor, nos ajudem. O que precisamos fazer? Se erramos, nos diga o que precisamos fazer e nos ajude. Precisamos saber objetivamente como colocar mais essas doses nesse país. O que precisamos fazer para que 37 milhões de doses da Sputinik compradas pelos governadores (sejam liberadas). Eu comprei porque vi na mídia internacional e tem quase 50 países usando”, disse Mauro Mendes.
O anúncio da compra dos imunizantes pelo Governo de MT foi feito na semana passada. De acordo com o contrato, será adquirido um total de 1.201.500 doses, sendo necessária a aplicação de duas doses por pessoa para a imunização completa, assim como ocorre com a CoronaVac.
Cada dose custará U$S 9.95 dólares, resultando em um total de U$S 11,95 milhões – cerca de R$ 67,3 milhões de reais. Nos últimos dias, o Instituto Gamaleya, responsável pela Sputinik, virou notícia após o presidente da Argentina, Alberto Fernandez, ter oficializado que testou positivo, mesmo após tomar as duas doses da imunizante.