A Polícia Civil de Guarantã do Norte (715 km ao norte de Cuiabá) concluiu, nessa sexta-feira (05.08), as investigações para apurar uma ocorrência de estupro de vulnerável, praticado por um pai contra três filhas. O caso foi registrado no município de Novo Mundo.
O suspeito, que está preso em virtude de prisão temporária, foi indiciado por estupro de vulnerável. Já a mulher responderá pelo mesmo crime na modalidade omissiva.
De acordo com o delegado Lucas Lelis Lopes, os abusos eram cometidos desde quando as meninas tinham 7 anos de idade, e as três vítimas passaram longos anos sofrendo pelos atos sexuais praticados pelo próprio pai. As investigações apontam que uma das filhas era o alvo preferencial.
Em depoimento especial, as menores relataram que eram obrigadas a tocar no órgão genital do pai, e que as brincadeiras do genitor possuíam conotação sexual. Ele também ficava tentando ver as filhas tomarem banho.
A mãe das vítimas tinha conhecimento dos fatos. Na visão das vítimas, a mãe percebia toda a situação, porém não agiu a fim de protegê-las ou de fazer cessar a violência que sofriam. Por isso, ela foi indiciada por estupro de vulnerável na modalidade omissiva.
No mês de junho o casal foi conduzido à Delegacia de Polícia, quando o pai das meninas permaneceu preso por força de mandado de prisão temporária. Na ocasião, a principal vítima não confirmava os abusos vivenciados, sendo as circunstâncias apenas relatadas pelas irmãs e confirmada pela mãe, após pressão das filhas.
Diante da prisão do suspeito, todas as vítimas relataram os fatos espontaneamente ao Conselho Tutelar e, a fim de evitar a revitimização, o delegado Lucas Lelis Lopes representou pela realização de depoimento especial das menores, que explicaram à psicóloga do juízo toda a situação de abuso sofrido.
Com a conclusão, a Polícia Civil de Guarantã do Norte representou pela conversão da prisão temporária em prisão preventiva, quando não há prazo determinado para o término da custódia.
O inquérito finalizado com indiciamento do casal será encaminhado ao Poder Judiciário e Ministério Público Estadual.
Fonte: Folha Max