Safra de arroz 2025/26 avança no Rio Grande do Sul, mas preços seguem pressionados pelo mercado
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A semeadura do arroz no Rio Grande do Sul segue em ritmo acelerado e já alcança mais de 92% da área estimada para a safra 2025/26, segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), citados por Sergio Cardoso, diretor de operações da Itaobi Representações.
As regiões da Fronteira Oeste e da Zona Sul praticamente encerraram o plantio, enquanto a Depressão Central e a Planície Costeira Interna ainda avançam de forma mais lenta, mas dentro do cronograma esperado.
Mercado segue travado e preços continuam em baixa
Apesar do bom desempenho no campo, o mercado do arroz permanece estagnado. De acordo com Cardoso, os preços seguem em níveis baixos, refletindo um cenário de estoques elevados e dificuldades nas exportações.
A combinação de alta produção no Brasil e nos países do Mercosul, consumo interno estabilizado e câmbio desfavorável tem limitado a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional, o que mantém a pressão sobre indústrias e varejo.
Setor teme novo ciclo de alta produção sem recuperação de preços
Com a área plantada próxima das intenções iniciais, o setor deve enfrentar mais um ciclo de produção elevada. Esse quadro, segundo Cardoso, reforça a necessidade de políticas de proteção de preços e ferramentas de previsibilidade para garantir sustentabilidade econômica aos produtores.
“A safra está praticamente plantada. Agora, mais do que nunca, o foco precisa estar no escoamento desse arroz e na capacidade do setor de construir competitividade num ambiente global que não dá espaço para erros”, afirmou o diretor da Itaobi Representações.
Desafios para o escoamento e competitividade do arroz brasileiro
Com a produção avançando e o mercado ainda travado, o desafio central passa a ser escoar o produto e recuperar a margem de rentabilidade. Especialistas apontam que a busca por novos mercados compradores, ajustes logísticos e melhoria no câmbio serão fatores determinantes para definir o desempenho do setor nos próximos meses.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






