• 4 de agosto de 2025
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POLÍTICA

Vereadora Dona Maria do SuperCompras propõe criação de Comitê de Gestão do Fogo em Primavera do Leste

Medida visa integrar órgãos públicos e sociedade civil para prevenir e combater queimadas e incêndios no município
Foto: Assessoria

Na sessão desta segunda-feira (04), a vereadora e empresária Dona Maria do SuperCompras (MDB) apresentou ao prefeito Sérgio Machnic (PL) uma indicação que sugere a criação do Comitê Municipal de Gestão do Fogo, com a missão de coordenar ações integradas de prevenção e combate às queimadas urbanas e incêndios florestais em Primavera do Leste. A proposta prevê a participação de órgãos como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Ambiental, IBAMA, Ministério Público e representantes da sociedade civil, garantindo uma atuação articulada e eficiente.

Segundo a parlamentar, o avanço da urbanização e o crescimento das áreas de risco ambiental exigem políticas públicas coordenadas, especialmente durante o período de estiagem. O comitê teria como funções promover campanhas educativas, articular fiscalizações conjuntas e elaborar planos de resposta rápida para situações emergenciais, tanto na zona urbana quanto na rural. A iniciativa segue exemplos já implementados com sucesso em municípios como Rondonópolis e está alinhada à Política Nacional de Prevenção e Controle de Queimadas.

Os números mais recentes reforçam a urgência da proposta. Mato Grosso ocupa atualmente o primeiro lugar no ranking nacional de focos de calor no primeiro semestre de 2025, com 3.538 registros — o equivalente a 18,4% do total nacional, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Apesar de o Brasil ter registrado queda de 46,4% nos focos em relação ao mesmo período de 2024 — passando de 35.938 para 19.277, o menor número desde 2018 —, o estado mantém índices elevados.

Em termos de área queimada, houve redução de 65,8% no país, passando de cerca de 3,1 milhões de hectares no primeiro semestre de 2024 para aproximadamente 1 milhão no mesmo período de 2025, conforme dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa/UFRJ). No Cerrado, onde se concentra boa parte do território mato-grossense, foram 724,6 mil hectares queimados (queda de 47%), com 8.854 focos de calor (redução de 33,1%). Na Amazônia, a área queimada caiu 75,4%, totalizando 247,9 mil hectares, e os focos diminuíram 61,7%, chegando a 5.169. Já na Mata Atlântica, a redução foi de 69,7% nas áreas queimadas, com 27,8 mil hectares, e de 33,3% nos focos, que somaram 2.619.

Em Primavera do Leste, embora o INPE não disponibilize dados consolidados por município, registros locais indicam um crescimento expressivo das ocorrências nos últimos anos. Em julho de 2024, o estado registrou o maior número de focos desde 2018, e o município foi apontado por veículos regionais como um dos que mais enfrentaram incêndios no entorno rural naquele mês, com aumento de mais de 70% nos alertas em relação ao mesmo período do ano anterior.

Para Dona Maria, esse histórico demonstra que o município precisa de uma estrutura permanente para enfrentar o problema. “Proteger vidas, o meio ambiente e o patrimônio público e privado precisa estar no topo das prioridades. Com esse comitê, o município terá mais condições de agir de forma preventiva e coordenada, evitando danos de grandes proporções”, afirmou.

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