A Polícia Federal indiciou 15 pessoas por extrair, transportar e comercializar de forma ilegal ouro que seria levado para a Europa. Investigação começou há 2 anos, após mais de 100kg do minério ser encontrado em avião no Aeroporto de Goiânia.
Os nomes dos indiciados não foram divulgados, por isso, o g1 não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.
No mesmo dia da apreensão da carga em Goiânia, um suspeito foi preso. Segundo a PF, o ouro era extraído em garimpos ilegais do Mato Grosso e tinha como destino a Itália. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Goiás, MT e São Paulo, além da apreensão de duas aeronaves.
De acordo com a PF, entre as 15 pessoas identificadas estão:
garimpeiros: que extraíam o ouro
intermediários: que fizeram a pesagem e o beneficiamento do minério;
grandes empresários: que adquiriam o ouro e o transportavam em aeronaves com notas fiscais falsas;
financiadores: pessoas que financiavam o grupo para a manutenção dos crimes.
Investigação
A Polícia Federal informou que, após a apreensão da carga em 2019, os grandes empresários venderam imóveis de alto valor em Goiânia, com o intuito de se livrar das investigações. E pessoas que os ajudaram na lavagem de dinheiro também foram identificadas e indiciadas.
Os policiais disseram que, o longo dos últimos anos, os indiciados foram responsáveis pela extração de mais de uma tonelada de ouro. Uma carga avaliada em cerca de R$ 457 milhões.
Ainda conforme a PF, as 15 pessoas foram indiciadas pelos crimes de crimes de organização criminosa, usurpação de bem da União, extração de ouro sem autorização legal, receptação qualificada, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
A PF informou que os indiciados respondem pelos crimes em liberdade. Não foi informado o que eles disseram em depoimento.