• 14 de maio de 2025
#Cuiabá #Destaque #Mato Grosso #Política #Redes

TRIBUTAÇÃO

VÍDEO: Pedro Taques denuncia aumento brutal da carga tributária em Mato Grosso e acusa Mauro Mendes de alimentar obras de fachada enquanto facções dominam ruas

Ex-governador publicou ataques nas redes sociais nesta segunda-feira (12), com dados que mostram aumento de mais de 40% nos impostos por habitante; ele questiona para onde vai o dinheiro arrecadado e acusa o governo de abandonar a segurança pública
Foto: Reprodução

O debate sobre a alta carga tributária em Mato Grosso ganhou um tom mais ácido nesta segunda-feira (12), quando o ex-governador Pedro Taques (PSDB) usou suas redes sociais para publicar um vídeo contundente contra o atual governador Mauro Mendes (União Brasil), acusando-o de promover um “aumentão” de impostos e de negligenciar áreas essenciais como a segurança pública.

“Mentira tem perna curta. Eu tenho visto algumas pessoas falando que os impostos em Mato Grosso não aumentaram. Aumentaram sim, quase 40% de 2019 a 2023”, disparou Taques. Em tom indignado, o ex-governador afirmou que a alta tributária provocou quebradeira no comércio, encarecimento de produtos e sufocamento de quem mais gera empregos. “Algo que custava 100 passou a custar 140. O cidadão paga mais caro, o comércio emprega muito, mas agora paga muito mais tributo”, criticou.

Dados comprovam o “aumentão” fiscal

Levantamento oficial divulgado por entidades de controle fiscal mostra que a carga tributária por habitante saltou de R$ 5.302,44 em 2018 para R$ 7.436,88 em 2023, com correção pelo IPCA. Isso representa uma alta real de 40,25% em cinco anos. A arrecadação total do Estado também deu um salto: foi de R$ 18,2 bilhões em 2018 para R$ 27,2 bilhões no ano passado — mesmo com crescimento populacional modesto, de 3,4 para 3,6 milhões de habitantes.

O pico mais drástico ocorreu entre 2020 e 2021, quando a carga per capita saltou de R$ 5.871,88 para R$ 7.683,81 — uma explosão de 30,86% em um único ano. Para o ex-governador, trata-se de um “confisco disfarçado” disfarçado de eficiência fiscal.

“Cadê o dinheiro?”: Taques questiona obras de marketing

Durante o vídeo, Pedro Taques também questionou a destinação dos bilhões arrecadados. “Cadê o dinheiro? Vai pra Parque Novo Mato Grosso, Parque Parricos, corridinha de carte?”, provocou. A crítica é direcionada aos projetos de alto impacto visual da gestão Mauro Mendes, como o Parque Novo Mato Grosso, tido como símbolo da modernização urbana, mas apontado por críticos como obra de fachada financiada com dinheiro público em detrimento de áreas essenciais.

Facções dominam e governo assiste, diz ex-governador

Taques reservou as críticas mais duras para a área da segurança pública. “As facções ganharam o jogo. O crime organizado domina cidades, bairros, ruas. As facções matam e o governo nada faz”, afirmou. Segundo ele, enquanto a carga tributária aperta o contribuinte e engorda os cofres estaduais, falta efetivo policial, faltam viaturas e sobram desculpas.

Relatórios do Fórum Brasileiro de Segurança Pública confirmam o avanço de organizações criminosas em cidades de médio porte e regiões de fronteira em Mato Grosso. O índice de homicídios voltou a crescer em áreas dominadas por facções, especialmente onde há ausência do Estado.

Palácio Paiaguás silencia diante dos dados

Até o fechamento desta edição, o governador Mauro Mendes não se manifestou sobre os ataques de Taques. Nos bastidores, aliados tentam justificar o aumento da arrecadação com argumentos técnicos: eficiência fiscal, combate à sonegação e crescimento econômico. Nenhum deles, porém, explica por que a carga per capita aumentou mais de 40% — e por que tantos setores ainda padecem por falta de investimento.

Enquanto isso, comerciantes fecham as portas, a população paga mais por serviços e o cidadão se pergunta: se o Estado arrecada tanto, por que falta tanto?

Assista o vídeo:

VÍDEO: Pedro Taques denuncia aumento brutal da carga tributária em Mato Grosso e acusa Mauro Mendes de alimentar obras de fachada enquanto facções dominam ruas

Justiça Eleitoral cassa mandato de Ary Campos