Governo de MT oficializa parceria com Albert Einstein para gestão do Hospital Central; unidade será 100% SUS
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Em uma solenidade realizada nesta terça-feira (22) no Palácio Paiaguás, o governador Mauro Mendes assinou o contrato que transfere oficialmente a gestão do Hospital Central de Alta Complexidade, em Cuiabá, para a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Reconhecida como a melhor instituição hospitalar do Brasil e a 22ª no ranking mundial, a entidade será responsável pela administração de uma das mais modernas estruturas públicas de saúde do país, com 100% de atendimentos voltados ao SUS.
A cerimônia contou com a presença do presidente do Einstein, Sidney Klajner, e marcou um passo decisivo na consolidação da nova política estadual de saúde pública. A unidade, que estava com as obras paralisadas há mais de 30 anos, foi totalmente reformulada e ampliada pela atual gestão. Com 32 mil m² de área construída, o hospital contará com 278 leitos — sendo 96 de UTI —, 10 salas cirúrgicas, heliponto e tecnologia de ponta, incluindo equipamentos robóticos para cirurgias de alta complexidade.
O início da operação está previsto para setembro deste ano, com plena funcionalidade até fevereiro de 2026. A partir de maio, o Albert Einstein iniciará os processos de contratação de equipe, aquisição de insumos e preparação final da estrutura física.
Segundo o Governo de Mato Grosso, a parceria com o Einstein proporcionará uma economia de até R$ 46,8 milhões por ano. O custo mensal estimado da unidade é de R$ 34,9 milhões — R$ 24,2 milhões arcados pelo Tesouro estadual e R$ 10,6 milhões provenientes de repasses federais.
A entrega da gestão à entidade paulista é resultado de um acordo político aprovado pela Assembleia Legislativa. O projeto de lei enfrentou resistência da oposição, que defendia um modelo híbrido, com gestão direta da Secretaria de Estado de Saúde e apoio consultivo do Einstein. No entanto, prevaleceu a proposta integral de terceirização da administração, que agora se concretiza com a assinatura do contrato.
O Hospital Central atuará com 15 especialidades médicas e servirá como centro de formação para médicos residentes em até 11 áreas, devendo se consolidar como referência nacional em atendimento público de alta complexidade.