Índice de Preços ao Produtor (IPP) Apresenta Alta de 0,13% em Janeiro de 2025
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Em janeiro de 2025, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação registrou um aumento de 0,13% em relação a dezembro de 2024, marcando o décimo segundo resultado positivo consecutivo. No total, 14 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram variações positivas de preços em comparação com o mês anterior, enquanto os preços de outras 10 atividades ficaram estáveis ou diminuíram. O índice acumulado nos últimos 12 meses alcançou 9,69%, superior aos 9,28% registrados em dezembro de 2024. Para comparação, em janeiro de 2024, o IPP teve uma variação negativa de -0,24%.
O IPP, que mede os preços “na porta de fábrica” dos produtos industriais, sem considerar impostos e fretes, abrange as grandes categorias econômicas, fornecendo uma visão detalhada da evolução dos preços no setor industrial.
Desempenho Setorial em Janeiro de 2025
O setor de máquinas, aparelhos e materiais elétricos foi o que registrou a maior variação positiva de preços, com 1,85%, seguido por outros produtos químicos (1,72%) e refino de petróleo e biocombustíveis (1,49%). Já as indústrias extrativas apresentaram a única variação negativa no mês (-1,49%), o que impactou o índice geral de forma significativa.
Em termos de influência no resultado mensal, o setor de alimentos teve o maior impacto, com -0,22 ponto percentual (p.p.) na variação total de 0,13%. Outros setores que também contribuíram para o resultado agregado foram refino de petróleo e biocombustíveis (0,15 p.p.), outros produtos químicos (0,14 p.p.) e indústrias extrativas (-0,07 p.p.).
Acumulado de Preços em 12 Meses
No acumulado de 12 meses, a metalurgia se destacou com um aumento de 26,77%, seguida por fumo (17,47%), outros equipamentos de transporte (17,32%) e madeira (15,69%). Esses setores foram os responsáveis pelas maiores variações de preços em relação ao mesmo mês do ano anterior.
O setor de alimentos teve a maior influência no IPP de 12 meses, com 3,36 p.p. sobre os 9,69% registrados. A metalurgia também teve grande influência, com 1,59 p.p., seguida por outros produtos químicos (1,10 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,83 p.p.).
Análise das Categorias Econômicas
Entre as grandes categorias econômicas, o desempenho de janeiro refletiu um aumento de 0,53% nos bens de capital e bens de consumo, enquanto os bens intermediários apresentaram queda de -0,19%. Dentre os bens de consumo, a variação observada foi de 1,24% nos bens duráveis, enquanto os bens semiduráveis e não duráveis registraram um aumento mais modesto de 0,39%.
O principal responsável pela variação do IPP em janeiro foi o setor de bens de consumo, que, com peso de 37,34% no cálculo do índice geral, contribuiu com 0,20 p.p. para o aumento de 0,13%. A contribuição de bens intermediários foi de -0,11 p.p., enquanto os bens de capital impactaram o índice positivamente com 0,04 p.p.
Impactos por Setor Específico
No acumulado de 12 meses, os bens de capital tiveram uma variação de 6,99%, enquanto os bens intermediários apresentaram um aumento de 8,93%. Os bens de consumo foram os que mais subiram, com uma variação de 11,40%, sendo que os bens de consumo semiduráveis e não duráveis tiveram o maior aumento (12,73%), seguido pelos bens duráveis (4,90%).
Os bens intermediários foram os mais influentes no cálculo do índice geral, com 4,95 p.p. dos 9,69% totais em 12 meses. Os bens de consumo e bens de capital contribuíram com 4,19 p.p. e 0,54 p.p., respectivamente.
Desempenho Setorial em Detalhe
O setor das indústrias extrativas, após três meses consecutivos de variações positivas, apresentou um declínio de -1,49% em janeiro. O resultado anual também foi negativo, com -1,15%, após ter registrado variações positivas nos meses de novembro e dezembro de 2024. A queda no preço dos minérios, como o ferro e os não metálicos, foi a principal responsável por esse desempenho, embora os produtos da extração de petróleo e gás natural tenham apresentado uma variação positiva.
No setor de alimentos, após nove meses seguidos de aumentos, os preços recuaram em -0,84% em janeiro, sendo o primeiro resultado negativo nesse intervalo. Isso impactou diretamente o índice anual, que passou de 13,80% em dezembro para 13,64%. Produtos como café torrado e moído e açúcar VHP (very high polarization) se destacaram pela variação de preços, com o café apresentando uma alta devido à desvalorização do real frente ao dólar e questões climáticas, enquanto o açúcar teve uma redução, influenciada pela colheita da cana-de-açúcar.
O setor de refino de petróleo e biocombustíveis obteve um aumento de 1,49% em janeiro, a maior variação positiva nos últimos três meses. O setor também registrou um aumento anual significativo, de 8,14%, impulsionado principalmente pelos preços do diesel e gasolina.
Por fim, o setor de outros produtos químicos registrou uma alta de 1,72%, destacando-se tanto no desempenho mensal quanto no acumulado anual, com uma variação de 14,31%. Produtos como adubos ou fertilizantes à base de NPK e polipropileno foram responsáveis por grande parte dessa variação.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio