O apresentador José Luiz Datena, recém filiado ao PSL, ter se esforçado para descartar a pecha de “um bom vice” e tem se esforçado para colocar-se como um sério candidato à presidente. Nos últimos dias, descartou compor chapa com Bolsonaro em 2022, da mesma forma como declinou de um possível convite para ser vice de Ciro Gomes (PDT).
No caso de Ciro, Datena se disse “lisonjeado” pelo convite e pela possibilidade de parceria, mas deixou claro que seu desejo é ser candidato a presidente, e não a vice.
Já com relação à Bolsonaro, o apresentador foi além e declarou que não poderia apoiar alguém que ameaça as eleições e a democracia, criticando os posicionamentos do presidente que exigem a impressão de votos nas próximas eleições.
“Democracia não é um meio. Democracia é um fim. O fim é a democracia. Nosso objetivo é a democracia. Toda hora (Bolsonaro) fica falando que não vai ter eleições. Perde até a credibilidade, porque nós temos que ter eleições. O princípio democrático tem que ser respeitado – acima de todos nós, inclusive do presidente, está o povo. Ficar ameaçando: ‘oh, não tem eleição por causa disso, não tem eleição por causa de voto impresso’. Quando tinha eleição com voto em papel no Brasil, tinha uma roubalheira desgraçada. Há quanto tempo Bolsonaro vem sendo eleito no Brasil com voto eletrônico?”, questionou.
Aparecendo em algumas sondagens como terceiro colocado nas intenções de voto, atrás apenas do ex-presidente Lula (PT) e do próprio Bolsonaro, Datena mostra sabedoria e esperteza política ao não aceitar ser vice de ninguém, pois sabe que pode ser a tão sonhada terceira via, disputando o voto de quem não se sente representado por nenhum dos outros ponteiros na disputa.
