O padre Paulo Antônio Müller, da Paróquia de Tapurah, despertou a ira dos seguidores da igreja no último fim de semana. Ao celebrar a “missa de Santo Antônio”, conhecido na igreja por ser o santo casamenteiro, o pároco comentou sobre a união de pessoas do mesmo sexo e não poupou comentários e termos homofóbicos.
A fala acabou sendo direcionada aos repórteres da TV Globo do Rio de Janeiro, Erick Rianelli e Pedro Figueiredo, que são casados. No último sábado, Dia dos Namorados, Erick aproveitou a sua participação no jornal RJTV para se declarar para o marido. “Meu amor, meu marido, eu te amo! Feliz Dia dos Namorados pra gente, para todos os casais apaixonados que estão nos assistindo. Que todo mundo tenha um Dia dos Namorados maravilhoso”, disse Erick após a âncora do RJTV questionar se Pedro estava vendo o telejornal.
No dia seguinte, ao celebrar a missa que também era transmitida nas redes sociais, o padre Paulo Müller disparou comentários preconceituosos. “Namoro não é como a Globo apresenta, dois viados, me desculpa, mas dois viados, um repórter pra um viadinho chamado Pedrinho. Ridículo”, debochou.
Ele ainda disse, sem poupar expressões pejorativas, que a união de pessoas do mesmo sexo é contra os ensinamentos de Deus. “Que chamem a união de dois viados, de lésbicas do que quiserem como querem, mas não de casamento, por favor. Isso é uma falta de respeito para com Deus, isso é sacrilégio é blasfêmia”, disparou.
Algumas pessoas que viam a celebração detonaram o padre. “Homofobia é crime”, escreveu um seguidor. “Esse altar não merece esse padre”, completou outro.
Houve até ameaça de processo contra ele pela fala preconceituosa. “Jamais o preconceito pode ser opinião. Seja qual for o posicionamento da sua fé, você não deve nunca professar seu preconceito. Homofobia é crime e você vai ser penalizado por isso. Um sacerdote se dando a esse papel é muito decepcionante”, publicou outra pessoa.