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Bolsonaro: palavra final sobre máscara cabe a governadores e prefeitos

| Por Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles

Depois de ter anunciado um “parecer visando desobrigar” o uso de máscara por pessoas imunizadas contra a Covid ou que já haviam sido infectadas pelo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta sexta-feira (11/6), que quem decide sobre o assunto são governadores e prefeitos.

“Ontem, pedi pro ministro de Saúde fazer um estudo sobre máscara, né? Porque quem quem já foi infectado e quem tomou a vacina não precisa usar máscara. Quem vai decidir é ele, vai dar um parecer, né?”, disse Bolsonaro a jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, antes de embarcar para uma agenda no Espírito Santo.

Logo depois, ele fez a observação de que não seria dele a palavra final. “Se bem que quem decide na ponta da linha é o governador e o prefeito. Eu não apito nada, né? É ou não é? Segundo o Supremo, quem manda são eles. Mas nada como você estar em paz que a sua consciência”, opinou o presidente.

Após a declaração do presidente, políticos e especialistas criticaram a intenção de abolir o uso do equipamento de proteção facial. No Brasil, apenas cerca de 11% da população completou o ciclo de imunização contra a Covid-19, isto é, já tomou as duas doses da vacina.

Além disso, a alta taxa de transmissão do vírus, com a média móvel de novos casos da doença acima de 50 mil por dia, não permitem que a população deixe de usar as máscaras neste momento.

Palavra de Queiroga

Em seguida, Queiroga alinhou a dispensa de máscaras ao avanço da vacinação da população brasileira. Na live de quinta-feira à noite, Bolsonaro disse que Queiroga “vai fazer um estudo de modo que nós possamos ali sugerir, orientar a desobrigação de uso da máscara para quem já foi vacinado ou para quem já contraiu o vírus”.

Nesta sexta, Bolsonaro lembrou que caberá ao ministro dar um parecer do governo federal sobre o tema, mas lembrou que a determinação sobre o uso ou não de máscaras cabe aos governos estaduais e municipais.

No início da pandemia de coronavírus, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que cabe aos governos locais estipular medidas de restrição de circulação para conter a disseminação do vírus.

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