• 11 de dezembro de 2025
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Setor leiteiro enfrenta crise em 2025, e Gadolando defende medidas urgentes para recuperação em 2026

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O presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, fez um balanço do ano de 2025 e apontou os principais desafios enfrentados pelos produtores de leite. Segundo ele, o ano foi marcado por baixa remuneração, aumento das importações e desvalorização do produto nacional, o que comprometeu a rentabilidade das propriedades rurais.

2025 foi um ano difícil para o produtor de leite

Tang reconheceu o esforço dos produtores, que trabalharam com dedicação e o apoio da Gadolando, mas afirmou que o ano termina com resultados negativos. O principal fator foi o preço pago pelo litro de leite, considerado insuficiente para cobrir os custos de produção.

“Nós amamos nossas vacas, a raça holandesa e o setor leiteiro, mas não podemos viver só de paixão. Precisamos de renda para garantir a subsistência”, declarou o dirigente. Ele ressaltou que a atividade leiteira é essencial para manter famílias no campo e deve ser reconhecida como uma das principais forças econômicas do país.

Tang também destacou a necessidade de valorizar o produtor e mudar a lógica de comercialização. “Precisamos parar de entregar o leite e começar a vendê-lo de forma justa. O produtor deve ser protagonista da cadeia e não refém do mercado”, defendeu.

Importações em alta agravam crise do setor

De acordo com Tang, a situação se agravou a partir de agosto, quando as importações de leite e derivados dispararam, coincidindo com o aumento da produção interna. O resultado foi um cenário de excesso de oferta e queda nos preços.

“Essa combinação de alta produção nacional e importações elevadas resultou em um desfecho muito ruim para o setor em 2025”, afirmou o presidente da Gadolando.

Ele defende a adoção de medidas antidumping para proteger o produto brasileiro, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Segundo Tang, o país precisa conter as importações e priorizar o leite nacional, que tem qualidade reconhecida e potencial de exportação.

Gadolando propõe ações para reverter o cenário em 2026

Para 2026, a Gadolando pretende intensificar o diálogo com autoridades e setores produtivos em busca de soluções estruturais. Entre as propostas estão:

  • Regulamentar urgentemente as importações de leite e derivados;
  • Valorizar o produtor local, com políticas que garantam melhor remuneração;
  • Ampliar campanhas de incentivo ao consumo de leite no mercado interno;
  • Buscar novos mercados externos, transformando o Brasil em país exportador.

“Precisamos amadurecer a cadeia produtiva e evoluir para sermos exportadores, mas, neste momento, é urgente que o governo adote medidas para proteger os produtores locais”, reforçou Tang.

Produtores mantêm qualidade mesmo diante das dificuldades

Apesar das adversidades, o presidente da Gadolando destacou o comprometimento dos produtores em manter a qualidade e o padrão genético do rebanho. Ele elogiou o trabalho de registro animal, controle leiteiro e classificação morfológica, que continuam sendo realizados com excelência.

“Mesmo em meio à crise, o produtor tem feito um trabalho extraordinário. A evolução genética observada em nossos rebanhos é motivo de orgulho e demonstra o profissionalismo dos criadores de gado holandês”, concluiu Tang.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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