Reflorestamento ganha força no Brasil e abre novas oportunidades para produtores e empresas do agronegócio
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Com os compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris, que incluem restaurar 12 milhões de hectares de florestas e 15 milhões de hectares de pastagens degradadas até 2030, o mercado brasileiro de reflorestamento passa por forte expansão. Segundo dados do Instituto Escolhas, atingir essas metas pode gerar R$ 776,5 bilhões em receitas e remover até 4,3 bilhões de toneladas de CO₂, mostrando que a agenda ambiental se torna também econômica.
Além disso, a expansão dos sistemas ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) em 5 milhões de hectares reforça o potencial de integração entre produção agrícola e sustentabilidade ambiental.
Desafios e oportunidades para produtores rurais
Para a engenheira florestal Hellen Cristina de Freitas, especialista em fertilidade do solo e ciências florestais e ambientais, apesar dos avanços recentes, o ritmo de implantação ainda é insuficiente para atingir as metas até 2030. Entre os principais obstáculos estão: burocracia, falta de incentivos financeiros, escassez de assistência técnica e limitações logísticas.
“O setor rural, no entanto, tem se destacado. Muitos produtores já adotam práticas sustentáveis e enxergam no reflorestamento uma oportunidade de aumentar produtividade e valor ambiental das propriedades”, comenta Hellen, que atua também como consultora de Desenvolvimento de Mercado da Massari, empresa especializada em fertilizantes minerais para regeneração de solos.
Exemplo prático: sistema silvipastoril no Tocantins
O produtor Fábio Ferraz, da Jamp Florestas (Tocantins), adotou o sistema silvipastoril, integrando árvores, pastagens e gado na mesma área.
“Começamos recuperando 500 hectares de pasto degradado, ampliando depois para 1.200 hectares. Plantamos linhas de eucalipto intercaladas com gramado, o que ajuda no sequestro de carbono e oferece sombra para o gado, aumentando o conforto do rebanho”, explica Ferraz.
O produtor destaca que, mesmo sendo seu primeiro projeto SAF (Sistema Agroflorestal), os resultados iniciais foram satisfatórios, com capim de boa qualidade e boa adaptação das árvores, preparando o terreno para introdução do gado.
Recuperação do solo: etapas essenciais para o sucesso
Segundo Hellen de Freitas, a implantação eficiente do reflorestamento integrado exige:
- Diagnóstico do solo e da área: avaliar textura, pH, teor de nutrientes e grau de degradação.
- Correção e melhoria do solo: ajustar acidez, repor nutrientes e melhorar a estrutura.
- Escolha de espécies e adubação de base: selecionar espécies nativas ou comerciais, conforme o objetivo ecológico ou produtivo, e usar fertilizantes ricos em cálcio, magnésio, enxofre, potássio, fósforo e micronutrientes.
- Manejo e manutenção: controlar plantas competidoras, pragas, replantio de falhas e adubação de cobertura.
“No caso de reflorestamento ecológico, é necessário também garantir diversidade de espécies, atração da fauna e conectividade entre fragmentos florestais, o que exige olhar técnico e ambiental”, alerta a especialista.
Mercado em expansão e soluções para produtores
Com a crescente demanda, empresas como a Massari Fértil têm investido no setor, oferecendo consultoria em projetos de reflorestamento e fertilizantes minerais especializados.
O diretor-presidente da empresa, Sérgio Saurin, destaca:
“Acompanhamos todo o processo, desde o diagnóstico e planejamento da adubação até o monitoramento dos resultados, garantindo eficiência agronômica e sustentabilidade ambiental. Nossas soluções combinam ciência, tecnologia e respeito ao meio ambiente, fortalecendo o campo e abrindo novas oportunidades de mercado.”
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio





