PIB do Brasil cresce 0,1% no terceiro trimestre e mantém ritmo moderado de expansão
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou crescimento de 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado indica estabilidade na atividade econômica nacional, após avanços mais expressivos registrados no início do ano.
Pela ótica da produção, houve desempenho positivo na Agropecuária (0,4%) e na Indústria (0,8%), enquanto o setor de Serviços se manteve praticamente estável, com variação de 0,1%.
O PIB do período totalizou R$ 3,2 trilhões, sendo R$ 2,8 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 449,3 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Indústria cresce com força em setores extrativos e de construção
Na Indústria, o destaque foi para as Indústrias Extrativas, que cresceram 1,7%, impulsionadas pela produção de petróleo e gás. O setor de Construção também teve bom desempenho, com alta de 1,3%, refletindo o aumento do emprego e da massa salarial real.
As Indústrias de Transformação subiram 0,3%, mas o segmento de Eletricidade, gás, água e saneamento recuou 1,0%, afetado por custos tarifários mais elevados durante o trimestre.
Serviços mostram estabilidade, mas transporte e comunicação se destacam
O setor de Serviços — responsável por cerca de 70% da economia — manteve estabilidade, mas com resultados variados entre suas atividades. Cresceram Transporte, armazenagem e correio (2,7%), Informação e comunicação (1,5%), Atividades imobiliárias (0,8%) e Comércio (0,4%).
Por outro lado, houve queda nas Atividades financeiras e de seguros (-1,0%), o que limitou o avanço do setor como um todo.
Consumo e investimentos registram leve avanço
Pela ótica da demanda, o Consumo das Famílias subiu 0,1%, apoiado pela expansão da renda real e das transferências governamentais. Já o Consumo do Governo teve crescimento de 1,3%, e a Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos) avançou 0,9%, refletindo aumento em construção e importação de bens de capital.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços subiram 3,3%, enquanto as Importações cresceram 0,3%, demonstrando leve aquecimento das trocas comerciais.
PIB cresce 1,8% em um ano, puxado pela agropecuária
Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, o PIB brasileiro avançou 1,8%, com destaque para o crescimento expressivo da Agropecuária (10,1%). O resultado foi impulsionado por altas na produção de milho (23,5%), laranja (13,5%), algodão (10,6%) e trigo (4,5%), segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE).
A Indústria registrou aumento de 1,7%, com destaque para as Indústrias Extrativas (11,9%) e a Construção (2,0%). Já o setor de Serviços cresceu 1,3%, impulsionado por Informação e comunicação (5,3%), Transporte (4,2%) e Atividades imobiliárias (2,0%).
Acumulado de 2025 mostra crescimento de 2,4% até setembro
De janeiro a setembro, o PIB acumulou alta de 2,4% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho foi sustentado pela Agropecuária (11,6%), Indústria (1,7%) e Serviços (1,8%).
Entre os setores industriais, houve crescimento em Indústrias Extrativas (7,4%), Construção (1,7%) e Transformação (0,5%), enquanto o segmento de Eletricidade e gás caiu 0,8%.
Nos Serviços, os principais avanços ocorreram em Informação e comunicação (6,2%), Atividades financeiras e de seguros (2,4%), Transporte e armazenagem (2,2%) e Comércio (1,4%).
Investimentos e poupança mantêm estabilidade
A taxa de investimento foi de 17,3% do PIB, levemente abaixo dos 17,4% registrados no mesmo período de 2024. Já a taxa de poupança permaneceu em 14,5%, sem variações em relação ao ano anterior.
Esses números mostram que, embora o país mantenha crescimento moderado, ainda enfrenta desafios estruturais para elevar sua taxa de investimento — essencial para sustentar o ritmo de expansão econômica nos próximos trimestres.
Revisão nas Contas Nacionais
O IBGE informou que, conforme rotina anual, realiza uma revisão mais ampla das Contas Nacionais Trimestrais no terceiro trimestre de cada ano. Em 2025, o processo foi ajustado devido à transição do ano-base de 2010 para 2021, o que temporariamente suspendeu a divulgação da série anual. Assim, as revisões aplicadas consideraram apenas as atualizações nas bases de dados disponíveis.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






