• 3 de dezembro de 2025
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Custos de produção do leite no RS registram deflação em outubro e aliviam produtores

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Os custos de produção do leite cru no Rio Grande do Sul voltaram a cair em outubro, encerrando o mês com deflação de 0,95%, segundo o Índice de Insumos para Produção de Leite Cru (ILC), divulgado pela equipe econômica da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) nesta quarta-feira (3).

Queda dos insumos alivia parte dos custos

A redução dos principais insumos da cesta que compõe o ILC foi determinante para o resultado. Os preços da soja e do milho recuaram no mês, acompanhados por quedas de 0,5% na silagem e 0,6% no concentrado — itens que representam uma fatia importante na alimentação do rebanho.

O destaque, porém, foi a redução de 4% nos fertilizantes, impulsionada pela queda nas cotações internacionais do petróleo, o que reduziu os custos de importação desses produtos. A energia elétrica também apresentou leve retração, de 0,03%, encerrando uma sequência de sete meses consecutivos de alta.

Combustíveis registram alta, mas não alteram o cenário deflacionário

Na direção oposta, os combustíveis subiram 1,7%, refletindo o recente reajuste nos preços da gasolina. Mesmo assim, a alta não foi suficiente para reverter o movimento de queda geral do índice no período.

No acumulado de 2025, o ILC apresenta deflação de 4,2%, resultado que acompanha o Índice de Preços ao Produtor Amplo – Disponibilidade Interna (IPA-DI), da Fundação Getulio Vargas (FGV), que mostra recuo de 3,53% no mesmo intervalo. Essa correlação indica um arrefecimento consistente nos preços ao produtor e nos custos dos insumos agropecuários.

Nos últimos 12 meses, o indicador registra variação acumulada de 2,05%.

Itens com maiores reduções e pressões de alta

A decomposição da cesta de insumos mostra quedas expressivas em componentes-chave da estrutura de custos, com destaque para:

  • Fertilizantes: -1,5%
  • Silagem: -9,5%
  • Concentrado: -6,4%

Por outro lado, alguns itens mantêm pressões altistas, como o sal mineral, com alta de 10,5%, e a energia elétrica, que acumula 26,7% nos últimos 12 meses.

Essas variações explicam a tendência de moderação inflacionária no setor, com possibilidade de novas leituras negativas no acumulado de 12 meses a partir de novembro.

Margens do produtor seguem comprimidas

Apesar da queda nos custos, o cenário ainda é desafiador para o produtor de leite. Os preços recebidos pela produção vêm caindo em ritmo mais acelerado do que o recuo dos insumos, o que reduz as margens de rentabilidade e limita a percepção de alívio financeiro no curto prazo.

Para novembro, as projeções indicam uma possível recuperação dos preços do milho e da soja, o que pode pressionar novamente o componente de alimentação animal no próximo relatório. Em contrapartida, a desvalorização recente do dólar e a queda nas cotações internacionais do petróleo devem continuar favorecendo os custos de fertilizantes e combustíveis, contribuindo para um cenário de estabilidade nos custos totais.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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