EUA enfrentam maior déficit de armazenagem de grãos desde 2016, aponta USDA
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A oferta total de grãos nos Estados Unidos durante o outono de 2025 — considerando os estoques de 1º de setembro somados à produção da nova safra de milho, soja e sorgo — foi estimada em 25,66 bilhões de bushels, o equivalente a 660 milhões de toneladas.
O dado representa um aumento de 10% em relação à média dos últimos cinco anos, de acordo com relatório recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Déficit de armazenagem é o maior em quase uma década
Mesmo com o avanço da produção, a capacidade total de armazenagem, tanto dentro quanto fora das fazendas, não acompanhou o crescimento da oferta.
O levantamento do USDA aponta um déficit de 184 milhões de bushels, o que corresponde a aproximadamente 4,73 milhões de toneladas.
Esse é o maior déficit nacional de armazenagem desde 2016, sinalizando pressão sobre a infraestrutura agrícola e desafios logísticos para o escoamento e manejo dos grãos norte-americanos.
Estados do Meio-Oeste registram maior falta de espaço
Os estados com menor disponibilidade de armazenagem neste outono foram Iowa, Kansas, Dakota do Sul, Dakota do Norte, Nebraska e Minnesota, regiões que concentram parte expressiva da produção agrícola dos EUA.
Segundo o USDA, esses estados apresentaram níveis de espaço para estocagem inferiores à média de cinco anos, o que tem impactado os sistemas de transporte e manuseio de grãos, especialmente durante o pico da colheita.
Impacto logístico e perspectivas
O aumento na oferta combinado ao déficit estrutural de armazenagem tende a pressionar o sistema logístico norte-americano, podendo influenciar os custos de transporte e o ritmo das exportações.
O cenário reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura de armazenagem e transporte para garantir o escoamento eficiente da produção recorde registrada em 2025.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio





