Chuvas intensas reduzem produtividade da canola, mas cultura segue avançando no Rio Grande do Sul
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A colheita da canola no Rio Grande do Sul foi oficialmente finalizada, segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quinta-feira (27). As poucas áreas ainda em maturação não têm peso suficiente para alterar o resultado final da safra.
Apesar do encerramento da colheita, a produtividade média estadual ficou abaixo das estimativas iniciais. A Emater apontou que as perdas foram provocadas por condições climáticas adversas durante as fases de implantação e estabelecimento da cultura, resultando em falhas de estande e erosão em áreas pontuais.
Mesmo com a redução, o rendimento geral da canola manteve-se dentro dos padrões esperados para o nível tecnológico adotado pelos produtores, variando de acordo com as condições de manejo, o ambiente e a intensidade das chuvas no início do ciclo.
Canola consolida espaço como cultura de rotação de inverno
O levantamento da Emater reforça a importância crescente da canola como alternativa viável para a rotação de culturas no período de inverno, contribuindo para a diversificação e sustentabilidade da produção agrícola no Estado.
A área plantada nesta safra foi estimada em 176.076 hectares, com uma produtividade média de 1.645 kg por hectare, números que demonstram o avanço do cultivo, mesmo diante dos desafios climáticos enfrentados.
Região da Campanha registra maiores perdas, mas resultado econômico é positivo
Na região administrativa de Bagé, que abrange a Campanha e a Fronteira Oeste, restam apenas pequenas áreas a serem colhidas. Em Manoel Viana, onde se concentrou a maior área regional — cerca de 7.300 hectares —, a produtividade média foi de 1.400 kg/ha, representando queda de 32% em relação à previsão inicial.
Segundo a Emater, chuvas intensas durante a semeadura e o estabelecimento foram as principais causas das falhas de estande e da erosão. Apesar das perdas, os produtores consideram o resultado econômico satisfatório, sustentado pelo baixo custo de produção, estimado entre 600 e 900 kg/ha.
Desempenho regional varia conforme as condições climáticas
Na região de Santa Maria, os trabalhos também chegaram ao fim, com produtividades médias de 1.440 kg/ha em Tupanciretã e 1.320 kg/ha em Santiago. As reduções foram atribuídas às chuvas excessivas no início do ciclo, que impactaram o desenvolvimento das plantas.
Em Santa Rosa, a colheita foi concluída com produtividade média de 1.564 kg/ha, resultado 3,7% inferior ao estimado. A Emater destacou a grande variabilidade entre as lavouras, com registros que oscilaram entre 1.300 e 1.800 kg/ha, refletindo o impacto desigual das condições climáticas nas diferentes áreas de cultivo.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






