Mercado brasileiro de algodão ganha ritmo em novembro, mas preços seguem abaixo de Nova York
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O mercado brasileiro de algodão apresentou melhora no ritmo das negociações ao longo de novembro, acompanhando o desempenho positivo da Bolsa de Nova York. No entanto, o cenário doméstico ainda se manteve descolado dos valores internacionais.
Segundo a Safras Consultoria, o aumento das transações foi mais perceptível nos contratos com entrega prevista para 15 dias e para a safra 2026, embora também tenham sido registradas operações no mercado spot.
Preços do algodão variam entre alta semanal e leve queda mensal
Na indústria paulista, o preço do algodão sem ICMS foi cotado a R$ 3,48 por libra-peso, representando um ganho semanal de 0,58% em relação aos R$ 3,46/lb da semana anterior.
Por outro lado, na comparação mensal, o valor registrou queda de 0,57%, já que em outubro a cotação girava em torno de R$ 3,50/lb.
Em Rondonópolis (MT), a arroba da pluma foi negociada a R$ 108,80 (equivalente a R$ 3,29/lb), alta de R$ 0,83/arroba frente à semana anterior, quando valia R$ 107,97.
Apesar da leve recuperação semanal, o preço acumulou queda mensal de R$ 1,20/arroba, já que em outubro o valor estava em torno de R$ 110,00.
Exportações em Mato Grosso seguem pressionadas pela queda nas paridades
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), novembro foi marcado por um recuo nas paridades de exportação do algodão no estado.
Durante outubro, a média da paridade para dezembro de 2025 ficou em R$ 111,05/arroba, com pouca oscilação. No entanto, no início de novembro, o movimento de baixa se intensificou, atingindo R$ 104,71/arroba em 14 de novembro — o menor valor para o contrato desde setembro de 2020.
A paridade de julho de 2026 também apresentou retração, chegando a R$ 117,66/arroba, próximo das mínimas do ano. O cenário reflete a desvalorização dos contratos na Bolsa de Nova York, que alcançaram níveis historicamente baixos, e a queda nas cotações do dólar observada desde meados de outubro.
Cenário exige cautela dos produtores diante de custos elevados
Com a combinação de preços pressionados e custos de produção mais altos para a safra 2025/26, analistas alertam para a necessidade de cautela nas negociações.
O comportamento recente do câmbio e das bolsas internacionais deverá continuar influenciando as decisões de comercialização nos próximos meses.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






