Agro atinge recorde de R$ 168,6 bilhões, impulsionada por café, soja e leite
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A agropecuária mineira entra em 2025 com cenário de otimismo e resultados históricos, reforçando seu papel de destaque na economia brasileira. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Valor Bruto da Produção (VBP) deve alcançar R$ 168,6 bilhões, aumento de 14,2% perante 2024. Esse salto reflete o vigor produtivo e a resiliência do campo mineiro diante de desafios climáticos e de mercado.
O levantamento, que reúne informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), destaca o segmento das lavouras como principal responsável pelo avanço. Em 2025, a estimativa é de R$ 113,8 bilhões gerados pelas lavouras (alta de 17,6%), o equivalente a 67% do total da renda agropecuária estadual.
O grande protagonista é o café, que atingiu faturamento de R$ 59,2 bilhões, com incremento de 48,2%. Segundo técnicos da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG), a safra foi impulsionada pela recuperação da produtividade e pelo preço valorizado no mercado interno.
Outras culturas também contribuem para a alta: a soja chegou a R$ 18,5 bilhões (+10%), puxada pela demanda por óleo para produção de biodiesel. O milho expandiu quase 20%, totalizando R$ 7,9 bilhões. Apesar de retração em cultivos como cana-de-açúcar, banana, batata-inglesa e feijão, o resultado evidencia a diversificação produtiva e a capacidade de adaptação do setor agrícola mineiro.
No segmento pecuário, o estado projeta R$ 54,9 bilhões (alta de 7,6%) para 2025. O leite segue como carro-chefe, movimentando R$ 18,4 bilhões (+3%), seguido pela carne bovina com R$ 18 bilhões (+13,3%), frango (R$ 8,2 bilhões) e carne suína (R$ 7,4 bilhões).
Esses números positivos consolidam o protagonismo do campo mineiro, combinando tradição, adoção de tecnologia e práticas de sustentabilidade. A agropecuária de Minas Gerais segue como referência nacional em eficiência produtiva, empregabilidade e competitividade.
Fonte: Pensar Agro






