O Sistema Penitenciário de Mato Grosso tem se destacado por iniciativas que unem trabalho e ressocialização, e em Rondonópolis, a padaria-escola da Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa tornou-se exemplo desse modelo. O espaço não apenas produz pães, bolos e doces, mas também oferece cursos profissionalizantes em parceria com o Senac-MT, qualificando os reeducandos para o mercado de trabalho.

Segundo a pedagoga da unidade, Creuza Rosa Ribeiro, todos os internos que atuam na padaria passam por capacitações contínuas. “Já realizamos cursos de panificação, confeitaria, produção de panetones e, mais recentemente, de bolos e tortas gourmet. É um espaço onde a mágica acontece e o nosso pão de cada dia é a obra principal desse grupo”, destacou da tribuna.

Os produtos fabricados atendem tanto os reeducandos que estudam na própria unidade quanto o projeto Agente Mirim e outras demandas de parceiros institucionais. O objetivo, de acordo com a Secretaria de Justiça, é reduzir a reincidência criminal por meio da inserção produtiva.

Atualmente, em todo o estado, 1.800 presos trabalham em 36 tipos de oficinas instaladas nas unidades prisionais, entre elas marcenarias, hortas, fábricas de artefatos de concreto, serralherias, projetos de artesanato e até a produção de fraldas em Campo Novo do Parecis e São Félix do Araguaia.

O secretário de Justiça, Vitor Hugo Bruzulato, afirma que o trabalho dentro dos presídios é fundamental para preparar os custodiados para a liberdade. “Essas atividades visam preparar os reeducandos para o mercado de trabalho, reduzindo a reincidência e promovendo a reintegração social”, disse.

Em Rondonópolis, a expectativa é de que o projeto da padaria-escola continue crescendo, consolidando-se como um dos exemplos mais bem-sucedidos de ressocialização em Mato Grosso.