Mato Grosso responde por 1/3 das exportações de gergelim para a China e lidera produção nacional
Estado amplia número de empresas habilitadas e consolida protagonismo no cultivo da semente; safra 2024/25 supera 275 mil toneladas Foto: Reprodução
Mato Grosso se consolidou como principal polo brasileiro na exportação de gergelim para a China, responsável atualmente por 1/3 da demanda nacional do produto pelo país asiático. Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), 20 empresas mato-grossenses estão habilitadas a exportar a semente para o maior mercado importador do mundo.
O número representa um salto de 150% em relação ao ano anterior, quando apenas oito empresas do estado constavam na lista da Administração-Geral das Alfândegas da China (GACC). No total, o Brasil tem agora 61 empresas autorizadas, sendo Mato Grosso responsável por 32,7% delas.
Além do avanço no comércio exterior, o estado também ocupa o topo da produção nacional da cultura. Na safra 2024/25, foram plantados aproximadamente 400 mil hectares de gergelim, com uma estimativa de colheita de 275 mil toneladas — crescimento de 12% em comparação à safra anterior. A expansão ocorre principalmente em áreas de segunda safra, como alternativa rentável para produtores.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda, o desempenho reflete a organização do setor e a parceria entre governo e iniciativa privada.
— Esse avanço expressivo é resultado direto do dinamismo dos nossos produtores e da atuação estratégica do Governo de Mato Grosso, que tem buscado abrir novos mercados e fortalecer a imagem do nosso agronegócio no exterior — afirmou Miranda.
Uma das ações recentes foi a criação da Câmara Técnica do Gergelim pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), que articula produtores, exportadores e órgãos públicos com o objetivo de garantir a qualidade e ampliar a competitividade internacional do produto mato-grossense.
O protagonismo do estado na cadeia do gergelim já vem se refletindo na economia regional, com a geração de empregos, valorização das cadeias produtivas locais e atração de novos investimentos para o agronegócio. A China, destino principal das exportações, consome cerca de 38,4% da produção global da semente.