A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu 895 mandados de prisão de foragidos da Justiça entre janeiro e junho de 2025, segundo balanço divulgado pela Gerência Estadual de Polinter e Capturas (Gepol). O número representa um crescimento de 8% em comparação ao primeiro semestre de 2024, quando foram registradas 795 prisões.

Os mandados cumpridos envolvem tanto criminosos que atuaram em Mato Grosso e se esconderam em outros estados ou países, quanto foragidos de outras unidades da federação que se homiziavam no território mato-grossense.

Um dos casos mais emblemáticos ocorreu no dia 10 de março deste ano, na cidade de San Ignacio de Velasco, na Bolívia. Um homem de 50 anos, condenado por triplo homicídio praticado em setembro de 2009, em Cuiabá, foi capturado após permanecer foragido por mais de 15 anos. O crime, que causou grande comoção na época, envolveu o assassinato da ex-esposa, do sogro e da sogra. No momento da prisão, o foragido estava em posse de seis armas de fogo — cinco espingardas e um revólver.

Outro caso de destaque foi a prisão de um homem de 49 anos, em abril, na cidade de Boa Vista (RR). Ele era acusado de estuprar a enteada em Sinop (MT) e de cometer um homicídio em Sorocaba (SP). Contra ele havia mandados de prisão emitidos por ambos os estados. Durante a fuga, contou com apoio de familiares e amigos, mas acabou interceptado pela equipe da Gepol antes de conseguir deixar o país.

“Esse resultado positivo é devido ao esforço e à dedicação de todos os servidores, que não medem esforços para cumprir a demanda da Gepol, seja no cumprimento das cartas precatórias, seja no cumprimento das ordens de serviço para efetuar as prisões”, afirmou a delegada titular da Gepol, Silvia Pauluzi.

Cartas precatórias e despachos

Além das prisões, a Gepol também cumpriu 1.852 cartas precatórias no primeiro semestre de 2025 — número semelhante ao do mesmo período de 2024, quando foram 1.863. Um mutirão foi realizado para dar vazão ao volume de demandas e evitar acúmulo de processos.

“Nossa unidade tem demonstrado bastante comprometimento em dar maior fluidez às demandas, bem como entregar maiores resultados à instituição e, consequentemente, à sociedade. Cada indivíduo preso e entregue à Justiça é resultado do nosso trabalho em prol da garantia da segurança da população”, reforçou a delegada.

Outro destaque foi o aumento expressivo no volume de despachos produzidos: foram 2.978 nos primeiros seis meses deste ano, contra 1.808 em 2024 — uma alta de aproximadamente 65%. Para a Gepol, o dado representa avanço na tramitação processual e agilidade na resposta institucional.