• 21 de julho de 2025
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POLÍTICA

Crise na Câmara: destempero de Vinícius Amoroso isola vereador e deixa marcas profundas após fechamento da CODER

Parlamentar do PSB tentou jogar população contra os colegas, desrespeitou regras da Casa e virou alvo de críticas generalizadas nos bastidores
Foto: Assessoria

As sessões da Câmara de Rondonópolis que culminaram na aprovação da extinção da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (CODER) não terminaram quando o placar foi definido. Elas deixaram marcas — algumas visíveis à população, outras profundas nos bastidores — que ainda ecoam entre os vereadores. O que era para ser um debate técnico e administrativo se transformou em palco de tensão, insultos velados e ataques pessoais.

No centro da crise está o vereador Vinícius Amoroso (PSB), que protagonizou cenas de confronto direto com os colegas durante os debates. Contrário ao fechamento da autarquia, Amoroso extrapolou os limites do decoro ao tentar jogar os funcionários da CODER e parte da população contra os demais parlamentares, responsabilizando exclusivamente a Câmara pela extinção da empresa — medida tomada após parecer técnico da Procuradoria e diante de uma dívida superior a R$ 260 milhões.

Parlamentares confidenciaram ao NMT – Notícias de Mato Grosso que a paciência com Amoroso chegou ao fim. A avaliação interna é que o vereador, recém-chegado à política, não compreendeu a liturgia do cargo e passou a agir como se estivesse em uma discussão entre vizinhos. “Ele trata a política como se fosse uma briga de quintal por causa da xícara do pó de café. É esse o nível. E não dá mais para tolerar esse tipo de comportamento”, ironizou um parlamentar veterano, sob reserva.

O episódio mais marcante ocorreu na penúltima quarta-feira (09), quando Vinícius Amoroso interrompeu a fala do vereador Wesley Cláudio (MDB) da tribuna e tomou a palavra à força, desrespeitando as normas regimentais e o colega. A atitude chocou os presentes e evidenciou, para muitos, a falta de preparo emocional e político do parlamentar. A ausência de reação firme por parte do presidente da Casa, vereador Paulo Schuh (PL), também foi duramente criticada nos bastidores, com aliados dizendo que a Presidência “perdeu o controle” do plenário.

A postura de Amoroso também foi vista como um desserviço aos próprios funcionários da CODER, uma vez que o Executivo já havia proposto a criação de uma cooperativa nos moldes da antiga Conser, para garantir a manutenção dos empregos e dos direitos trabalhistas. Ainda assim, o vereador insistiu em um discurso alarmista, tentando transformar a proposta em um “atentado aos servidores” — versão desmentida inclusive pelos próprios trabalhadores que participaram das reuniões com o prefeito Cláudio Ferreira (PL).

A população ficou chocada com o comportamento exibido nas sessões. O vídeo da invasão de fala circulou nas redes sociais, acompanhado por críticas ao que muitos chamaram de “espetáculo vergonhoso”. A repercussão foi tamanha que até vereadores da oposição evitaram sair em defesa do colega, preferindo o silêncio.

“Essas chagas não se curarão”, resumiu um vereador da base. Segundo ele, o clima de hostilidade criado por Amoroso não apenas prejudicou o debate sobre a CODER, mas afetou permanentemente a relação entre os parlamentares. “Ele está isolado. Ninguém mais confia.”

Nos corredores da Câmara, há quem diga que a condução destemperada e teatral de Vinícius Amoroso já começa a prejudicar sua imagem política mesmo entre seus eleitores. O desgaste interno é evidente, e a expectativa é de que o vereador enfrente crescente resistência nos próximos meses — tanto nas articulações legislativas quanto no apoio popular.

Para muitos, o episódio deixou claro que o Legislativo precisa retomar o eixo institucional e elevar o nível dos debates. O que aconteceu durante a votação da CODER foi um alerta de que a política de palco e confronto tem prazo de validade — e custo alto para quem insiste nela.

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