Um crime brutal ocorrido na zona rural de Marcelândia (253 km ao médio-norte de Cuiabá) terminou com a morte de Valdir de Vargas, de 66 anos, conhecido como “Gaúchinho”, e Edinaldo Francisco de Oliveira, de 65 anos. Ambos foram encontrados com tiros na cabeça na tarde de sexta-feira (16), dentro de uma fazenda. O principal suspeito, Leandro Augusto Veja da Silva, de 33 anos, foi preso horas depois, após tentar fugir com o carro de uma das vítimas, capotar o veículo e passar o restante do dia em um bar da cidade.

A Polícia Militar foi acionada por volta das 15h30, após moradores da região localizarem um carro capotado na Estrada do Castanhal, no distrito de Analândia do Norte. O veículo foi rapidamente reconhecido como pertencente a Gaúchinho. Preocupados com seu paradeiro, os moradores acompanharam os policiais até a propriedade rural onde ele residia.

Na fazenda, os policiais encontraram a casa aberta, com uma espingarda sobre um banco e cartuchos deflagrados ao lado. Ao entrar na residência, os agentes se depararam com os dois corpos já sem sinais vitais. A Polícia Civil e a Perícia Oficial (Politec) foram acionadas e isolaram a cena para os trabalhos de investigação.

Horas depois, o suspeito foi preso na cidade de Marcelândia, onde passou a tarde consumindo bebidas alcoólicas e jogando em um bar. Em depoimento, Leandro confessou o crime e alegou que foi motivado por ameaças feitas pelas vítimas. Após os homicídios, ele levou cerca de R$ 900 em dinheiro e fugiu com o carro de uma das vítimas, apesar de não saber dirigir. No trajeto, perdeu o controle da direção e capotou o veículo, abandonando-o na estrada e seguindo até a cidade de táxi.

A intenção do suspeito, segundo ele mesmo afirmou, era fugir durante a madrugada, mas a prisão ocorreu antes. O caso agora segue sob investigação da Polícia Civil, que busca esclarecer os detalhes do crime e verificar a veracidade da versão apresentada pelo suspeito.

O duplo homicídio causou comoção entre os moradores da região, onde as vítimas eram conhecidas. A polícia segue apurando o histórico de convivência entre os envolvidos e não descarta outras motivações para o crime.