Mato Grosso deve ter 10 deputados federais e 30 estaduais a partir de 2027, aponta projeção do TSE
Redistribuição de cadeiras com base no Censo 2022 aumenta representatividade política do estado no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa Foto: Reprodução
O estado de Mato Grosso deve passar por uma mudança significativa na sua representação política a partir de 2027. De acordo com projeções em discussão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), baseadas nos dados do Censo Demográfico 2022, o estado pode passar a contar com 10 deputados federais (atualmente são 8) e 30 deputados estaduais (hoje são 24).
A alteração ocorre devido ao aumento da população mato-grossense nos últimos anos, especialmente com a expansão de municípios-polo como Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde e Primavera do Leste. A Constituição Federal determina que a representação na Câmara dos Deputados deve observar critérios proporcionais à população de cada estado, com revisões periódicas conforme os censos do IBGE.
O impacto da medida será sentido tanto no cenário político nacional quanto no estadual. No plano federal, Mato Grosso passaria a ter mais peso em votações na Câmara dos Deputados, o que pode beneficiar a destinação de emendas e a defesa de pautas regionais junto ao governo federal. Já na Assembleia Legislativa, o acréscimo de seis cadeiras pode modificar o equilíbrio de forças entre os partidos e ampliar o espaço para novas lideranças políticas.
A previsão é que a nova composição entre em vigor nas eleições gerais de 2026, com os deputados eleitos assumindo seus mandatos em fevereiro de 2027. A proposta ainda depende da consolidação dos cálculos pelo TSE e da oficialização da redistribuição, que deve ocorrer até o fechamento do calendário eleitoral.
Nos bastidores, partidos já se articulam para planejar estratégias com base nesse cenário. Para siglas menores, o aumento de vagas pode significar chances reais de representação; para os grandes partidos, é uma oportunidade de ampliar bancadas e consolidar hegemonias regionais.
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso e a bancada federal devem acompanhar de perto os desdobramentos da proposta. A expectativa é de que, com a reconfiguração, haja mais espaço para atender as demandas crescentes de um estado em franco crescimento populacional e econômico.