O presidente da Câmara de Rondonópolis, vereador Paulo Schuh (PL), oficializou nesta semana sua entrada na articulação política e institucional pela consolidação do campus definitivo da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) no município. A iniciativa visa somar esforços ao movimento que já vem sendo conduzido por lideranças acadêmicas, entidades de classe, bancadas parlamentares e a própria comunidade estudantil — que Schuh considera os verdadeiros protagonistas dessa conquista.

A Unemat está presente em Rondonópolis desde 2017, operando por meio de um núcleo pedagógico. Ao longo dos anos, a instituição expandiu a oferta de cursos como Direito, Jornalismo, Engenharia Civil, Letras, Química e Pedagogia. No entanto, segue funcionando em estruturas provisórias, como escolas estaduais e prédios cedidos pela prefeitura, sem sede própria ou autonomia plena, o que limita seu crescimento e impacto regional.

“O que queremos é fortalecer a Unemat e fazer com que Rondonópolis receba, de forma definitiva, uma estrutura universitária compatível com sua importância para o Estado. Mas é preciso reconhecer: o protagonismo deve ser dos estudantes, professores e da comunidade acadêmica, que lutam todos os dias para manter essa universidade viva e pujante”, afirmou Schuh.

Ao anunciar sua adesão ao movimento, Paulo Schuh deixou claro que seu papel será o de colaborador e articulador político, colocando seu mandato e sua interlocução à disposição de um projeto coletivo. Ele pretende atuar junto ao prefeito Cláudio Ferreira (PL), ao senador Wellington Fagundes (PL) — nome influente na discussão sobre o futuro do ensino superior no estado — e ao deputado federal José Medeiros (PL), que tem trânsito direto junto ao Ministério da Educação. Schuh também defendeu um pacto suprapartidário, inspirado na mobilização que resultou na emancipação do campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) no município.

“Precisamos repetir o que foi feito lá atrás, quando Rondonópolis conquistou o campus autônomo da UFMT. Naquele momento, todos os lados deixaram de lado as vaidades e se uniram com as entidades estudantis, professores, sindicatos e sociedade civil. Foi esse espírito coletivo que viabilizou a emancipação. E será com esse mesmo espírito que vamos conquistar o campus definitivo da Unemat”, disse.

A universidade estadual já possui campus consolidados em cidades como Cáceres, Sinop e Tangará da Serra. Em Rondonópolis, sem o interesse da Unemat em transformar a unidade em Campus, impacta diretamente na oferta de vagas, na implantação de novos cursos e na capacidade de atrair recursos públicos.

A entrada de Schuh na mobilização é vista como um reforço político importante à causa, sem alterar o foco central do movimento, que segue conduzido por lideranças acadêmicas e pelas necessidades concretas da população. “O que nos une é o futuro da nossa juventude. A educação pública transforma vidas, e a Unemat tem tudo para ser uma das grandes ferramentas de desenvolvimento de Rondonópolis e de toda a região sul do estado”, concluiu.