O senador Jayme Campos (União Brasil) lançou um novo capítulo na disputa pela vaga ao Senado em 2026, ao ironizar o aumento de pré-candidatos no cenário estadual. Em entrevista à imprensa, ele fez um alerta contra o que chamou de “açodamento” político e mandou um recado direto: “Quem tiver a boca maior, come um ao outro”.

A declaração surge em meio à intensificação dos bastidores eleitorais, onde cinco nomes de peso já se movimentam para a sucessão. Além do próprio Jayme, estão no tabuleiro a deputada estadual Janaina Riva (MDB), o governador Mauro Mendes (União Brasil), o deputado federal José Medeiros (PL) e o atual ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD). Todos com forte base política, projeção nacional e potencial de mobilização para uma disputa de alto nível.

“Na última eleição ao Senado, enfrentei 11 candidatos e fui eleito. Agora não será diferente. O povo vai saber escolher quem tem serviço prestado, quem respeita o cidadão e quem faz política com compromisso real. O eleitor está atento”, afirmou Jayme.

Crítico de candidaturas antecipadas e impostas, o senador reforçou que não existe espaço para vaidade na política. “Quem tentou se colocar por imposição, historicamente, fracassou. Política se faz com grupo. Eu não serei candidato de mim mesmo”, disparou.

Jayme também destacou que o cenário ainda está em aberto e que as mudanças partidárias em 2026, especialmente com a abertura da janela de filiações em março, devem mexer com o quadro atual. “Tem gente que pode sair do União Brasil, do PP, do MDB. Tem fusão sendo discutida entre PSDB e Podemos. Até setembro, tudo pode mudar. Qualquer decisão agora é inócua”, avaliou.

Questionado sobre suas próprias intenções, Jayme reafirmou estar preparado tanto para buscar a reeleição ao Senado quanto para disputar o governo do Estado. “Tenho experiência, articulação e preparo. Mas essa é uma decisão de grupo. No momento certo, tomaremos uma posição.”

Diante desse cenário, Mato Grosso se encaminha para uma das disputas mais acirradas dos últimos anos, com cinco lideranças do mais alto escalão na política estadual e nacional. A dúvida que fica — como ironizou Jayme — é: quem terá, de fato, “a boca maior” para devorar os adversários nas urnas de 2026?