Segunda fase da Operação Caminhos Ocultos: Polícia Civil prende servidor por fraude em contratos de transporte escolar
Servidor da Educação é preso por suspeita de fraudar quilometragens e receber propina em contratos de transporte escolar no município. Foto:
A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Regional de Guarantã do Norte (725 km de Cuiabá), prendeu, na quarta-feira (30), um homem de 44 anos, suspeito de envolvimento em um esquema de corrupção ligado à locação de ônibus escolares no município de Peixoto de Azevedo (675 km da capital).
A ação faz parte da segunda fase da Operação Caminhos Ocultos, deflagrada com o objetivo de desarticular um suposto grupo criminoso que fraudava contratos públicos de transporte escolar. O suspeito preso nesta nova etapa atuava como servidor na Secretaria Municipal de Educação de Peixoto de Azevedo e foi detido no pátio da subprefeitura do distrito de União do Norte. Durante a abordagem, foram apreendidos um telefone celular e um pendrive, que serão periciados.
As investigações apontam que o servidor seria o responsável por adulterar dados relacionados à quilometragem percorrida pelos veículos contratados, elaborar planilhas falsas e encaminhar os documentos para que a secretaria atestasse a prestação dos serviços e liberasse os pagamentos com valores superfaturados. De acordo com a apuração da Polícia Civil, os serviços descritos nos documentos não teriam sido realizados de fato.
Segundo o delegado regional de Guarantã do Norte, Geraldo Gezoni Filho, os pagamentos indevidos eram parte de um esquema de propina.
“O pagamento da propina aos servidores [suspeitos de participar do esquema] era baseado no acréscimo de serviços prestados, que não havia sido realizado efetivamente. Por isso, o empresário efetuava esse pagamento de valor indevido aos servidores”, detalhou o delegado.
A primeira fase da Operação Caminhos Ocultos ocorreu em 9 de abril e resultou na prisão de dois servidores da Secretaria de Educação de Peixoto de Azevedo, além de um empresário do setor de transportes, também investigado por envolvimento nas fraudes.
O inquérito policial está em fase final de instrução e será encaminhado ao Ministério Público Estadual e ao Poder Judiciário para as providências legais.