Soja inicia semana em alta na Bolsa de Chicago à espera de relatórios do USDA
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O mercado da soja iniciou a semana em alta na Bolsa de Chicago, impulsionado pela expectativa em torno dos novos relatórios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na manhã desta segunda-feira (31), por volta das 5h25 (horário de Brasília), os contratos futuros da oleaginosa registravam ganhos entre 6 e 6,50 pontos nas principais posições negociadas. O vencimento para maio era cotado a US$ 10,29 por bushel, enquanto o contrato para agosto alcançava US$ 10,40 por bushel.
Os futuros da soja encontram suporte, mais uma vez, na valorização do óleo de soja, que liderava os ganhos no complexo de grãos ao subir 0,9%, levando o primeiro contrato a US$ 296,30 por tonelada curta.
A expectativa é de um pregão volátil em Chicago, com a divulgação dos novos dados do USDA sobre os estoques trimestrais e a intenção de plantio para a safra 2025/26. O mercado aposta em um aumento da área de milho e consequente redução da área plantada com soja nos Estados Unidos, o que pode sustentar as cotações da oleaginosa. Se confirmado, esse cenário poderia impulsionar ainda mais os preços, conforme avaliam analistas e consultores.
“Acreditamos que a área de milho possa aumentar mais do que o mercado projeta, resultando em uma redução ainda maior da soja”, afirma Ginaldo Sousa, diretor-geral do Grupo Labhoro. “Se nossas estimativas se confirmarem — 38,65 milhões de hectares para o milho e 33,5 milhões para a soja — o contrato para maio pode ultrapassar os US$ 10,30 por bushel e buscar os US$ 10,40”, completa o especialista.
Os relatórios do USDA serão divulgados nesta segunda-feira, às 13h (horário de Brasília).
Outros fatores também seguem no radar dos investidores, embora com menor intensidade. A demanda chinesa continua concentrada no Brasil, que registrou embarques recordes em fevereiro. Além disso, a colheita da safra brasileira segue em ritmo acelerado, e as tensões geopolíticas também entram na equação, com um possível agravamento das relações entre Estados Unidos e Irã devido às restrições ao uso de armas nucleares pelo país do Oriente Médio.
Outro elemento de atenção é o clima nos Estados Unidos. Algumas regiões do Meio-Oeste enfrentam condições de seca a poucas semanas do início do plantio, o que gera preocupação entre traders. “As chuvas no fim de semana no Meio-Oeste americano foram moderadas e sem grande impacto. Entretanto, estados da região do Golfo registraram alagamentos justamente no momento em que o plantio está prestes a começar”, conclui Sousa.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio