Ministro Padilha anuncia Grupo de Trabalho para aprimorar enfrentamento a futuras pandemias
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Em reunião com representantes de sociedades de especialidades médicas e multidisciplinares nesta terça-feira (11), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que vai articular a instalação de um Grupo de Trabalho para propor um modelo de estrutura para que cada estado possa enfrentar melhor situações de surtos, epidemias, endemias e os impactos das mudanças climáticas. Há cinco anos, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia de Covid-19. Além da simbologia do encontro, objetivo foi reforçar os aprendizados adquiridos na pandemia, para que o Brasil possa enfrentar com mais preparo situações semelhantes.
“O Grupo de Trabalho será coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente e vai construir essa proposta de modelo de estrutura para o Estado brasileiro”, explicou o ministro. “Não podemos esquecer o que o Brasil passou durante a pandemia, foram mais de 700 mil mortes. E essa reunião de hoje foi importante para reforçar os aprendizados, de forma que a gente possa enfrentar mais adequadamente os impactos da Covid-19, a covid longa, e também para preparar o Brasil para outras epidemias”, complementou.
Participaram da reunião a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Além de abrir um canal de diálogo com o novo ministro, eles discutiram avanços importantes do Governo Federal no enfrentamento à Covid-19 nos últimos dois anos. “As associações médicas e multidisciplinares tiveram um papel primordial no enfrentamento da pandemia e vão nos ajudar neste sentido”, acrescentou Padilha.
“Trata-se de uma data bastante representativa, completados cinco anos em que vivemos um dos maiores problemas em termos de saúde pública da nossa era. E estaremos sempre colaborando tecnicamente”, destacou o presidente da SBI, Alberto Chebabo. “Não tenho dúvida que essa interação entre as sociedades médicas e o ministério é muito importante para a saúde da população brasileira”.
Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, André Siqueira, é fundamental unir a atuação da vigilância com a assistência em saúde de olho nas populações mais vulneráveis. “A pandemia teve um efeito especial nas populações indígenas, nas populações ribeirinhas, em comunidades de grandes cidades que muitas vezes estão desassistidas. Então, conseguir unir a atuação da vigilância com assistência é um dos nossos objetivos principais”, frisou.
A diretora da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Roseli Nomura, lembrou que a pandemia de Covid-19 foi “particularmente dura” com as gestantes e o trabalho conjunto com a pasta da Saúde se faz necessário. “O Ministério da Saúde hoje se alinha aos cuidados da mulher não só na gestação, no puerpério, mas também durante o pré-natal. E outras pautas como a prevenção do câncer de colo uterino também são muito relevantes e precisamos estar preparados para esses desafios. Foi muito bom estarmos hoje aqui no ministério para esse debate”, afirmou.
Fabiano Guimarães, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), lembrou que o debate junto ao ministro Padilha e especialistas de outras áreas é sempre proveitoso. “Representamos a sociedade médica da integralidade, aqueles que estão perto das pessoas e que contribuem com a atenção primária mais forte. Dessa forma, é muito importante que estejamos incluídos nos processos de discussão do Ministério da Saúde”, observou.
O mesmo pensamento foi compartilhado pelo vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Edson Liberal. “A sociedade de pediatria tem 115 anos, é a maior do Brasil. Temos especialistas que podem ajudar muito na questão da assistência e prevenção de doenças. Hoje, já participamos de diversas câmaras técnicas no Ministério da Saúde e queremos seguir contribuindo”, destacou.
Bianca Lima e Rafael Secunho
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde