Estratégias para Recuperação de Pastagens Degradadas pela Estiagem Incluem Restrição de Horários de Pastejo
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Apesar das chuvas recentes que ofereceram alívio aos pecuaristas do Rio Grande do Sul, um dos maiores desafios enfrentados pelos produtores continua sendo a manutenção da qualidade das pastagens afetadas pelo calor intenso. O crescimento do pasto tem sido reduzido, o que gera preocupação quanto à quantidade de folhas disponíveis para o pastoreio.
Armindo Barth Neto, gerente técnico do Serviço de Inteligência no Agronegócio (SIA), alerta que muitos pecuaristas, diante da falta de alternativas, mantêm os animais em pastagens já degradadas, o que resulta no rebaixamento excessivo das áreas. “Os pastos acabam sendo raspados, e as folhas desaparecem. Quando a chuva retorna, a regeneração é lenta”, afirma Barth Neto.
A recomendação de Barth Neto é que os produtores busquem preservar as pastagens com uma boa estrutura de folhas, para garantir uma recuperação rápida assim que as condições climáticas melhorem. Ele sugere a adoção de um pastejo controlado, onde os animais ficam em pastagens por períodos limitados, ao invés de permanecerem o dia inteiro. “O ideal é permitir que os animais pastejem por meio dia, seja pela manhã ou à tarde. Se a seca continuar, o tempo de pastejo pode ser gradualmente reduzido para três ou até duas horas”, orienta.
Enquanto o pasto é recuperado, Barth Neto também sugere suplementação alimentar para os animais, especialmente silagem, feno, pré-secado ou ração. “Com a redução do tempo de pastejo, é essencial aumentar a oferta de alimentos concentrados para compensar a perda de forragem”, explica. Além disso, caso haja escassez de pastagem, ele recomenda priorizar as categorias de maior exigência nutricional, como os animais em fase de terminação, recria de novilhos e vacas em ciclo reprodutivo, garantindo que estas categorias recebam a melhor qualidade de pasto disponível.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio