Crédito Rural em São Paulo Registra Queda de 21,7% em Relação à Safra Anterior
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O estado de São Paulo experimentou uma redução de 21,7% no desembolso de crédito rural nos primeiros sete meses do Plano Safra 2024/2025, com um total de R$ 21,1 bilhões liberados, em comparação com o mesmo período da safra anterior. Esse desempenho posiciona São Paulo como o quarto estado em valor desembolsado, atrás de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.
Ao todo, foram celebrados 34.586 contratos, uma diminuição de 8,7% em relação ao período anterior. Desses, 78,4% referem-se à agricultura empresarial, 18,1% ao Pronamp e 3,6% ao Pronaf. A agricultura empresarial enfrentou uma queda de 28% no valor desembolsado, enquanto os programas Pronamp e Pronaf apresentaram crescimento de 15,8% e 7,6%, respectivamente.
A maior parte dos recursos foi destinada ao custeio da produção (65,6%), seguida por investimentos (15%), comercialização (10,7%) e industrialização (8,7%), com todas as áreas apresentando redução nos valores e na quantidade de contratos.
No segmento de investimentos, o programa Moderfrota recebeu o maior valor, com desembolso de R$ 500 milhões, seguido por Renovagro (R$ 314,6 milhões) e PCA (R$ 149,2 milhões). Renovagro e Inovagro foram os únicos programas a apresentarem aumento no valor contratado.
Desafios para o Crédito Rural e o Plano Safra 2025/26
A escassez de crédito na safra 2024/2025 pode ser atribuída, em parte, aos juros elevados e à crescente aversão ao risco por parte dos bancos que operam com recursos destinados ao agronegócio, reflexo das recorrentes adversidades climáticas no campo.
A alta da taxa Selic torna ainda mais complexo o planejamento do Plano Safra 2025/26. Em razão do aumento nos custos de equalização, o Governo Federal precisará adotar estratégias para garantir o acesso ao crédito rural, sem ter que elevar as taxas de juros, o que poderia restringir ainda mais o financiamento ao setor agropecuário.
Relatório completo
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio