Politec identifica sexta vítima de cemitério clandestino em MT; ainda há seis corpos por identificar
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Nesta sexta-feira (14), a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) confirmou a identidade da sexta vítima encontrada no cemitério clandestino de Lucas do Rio Verde, Mato Grosso. O homem foi identificado como Adriano da Conceição Borges, de 30 anos, desaparecido desde 12 de março de 2022. A descoberta foi possível após a comparação do DNA de Adriano com uma amostra fornecida por seu irmão, que colaborou com as investigações na unidade da Politec no município.
O material coletado foi enviado ao Laboratório Forense da Capital, onde a compatibilidade genética foi confirmada. Além da análise de DNA, os restos mortais de Adriano passaram por um exame antropológico para determinar a causa da morte, cujo resultado ainda não foi divulgado.
O cemitério clandestino, descoberto em 11 de janeiro, abrigava os restos mortais de doze pessoas, algumas já em processo de esqueletização. Até o momento, quatro vítimas foram identificadas por meio do método papiloscópico, que utiliza a comparação de impressões digitais, e seus corpos já foram liberados para as famílias. No entanto, seis corpos ainda aguardam identificação.
A Politec reforçou o apelo para que familiares de desaparecidos – como pais, mães, filhos ou irmãos – que ainda não forneceram material genético, procurem uma unidade do Instituto de Medicina Legal (IML) para a coleta de amostras de DNA. Esses perfis são cadastrados no Banco Nacional de Perfis Genéticos, onde buscas automáticas são realizadas em todo o território nacional para possíveis correspondências.
Rosangela Guarienti Ventura, coordenadora de perícias em Biologia Molecular da Politec, destacou que as análises estão em andamento e que não é necessário apresentar boletim de ocorrência para a coleta de DNA. Basta comparecer a uma unidade da Politec com documentação pessoal.
O caso do cemitério clandestino de Lucas do Rio Verde continua sob investigação, enquanto as famílias aguardam respostas sobre o paradeiro de seus entes queridos. A identificação das vítimas é um passo crucial para trazer justiça e esclarecimentos sobre esse crime que chocou a região.
Familiares de desaparecidos podem se dirigir a uma unidade da Politec ou IML mais próxima para fornecer amostras de DNA. Documentação pessoal é suficiente para o procedimento.