• 13 de fevereiro de 2025
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Vendas de etanol no Centro-Sul começam 2025 aquecidas e registram crescimento

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As vendas de etanol pelas usinas do Centro-Sul seguiram aquecidas no início de 2025, totalizando 3,06 bilhões de litros em janeiro. O volume representa um crescimento de 2,07% em relação ao mesmo período da safra 2023/2024, impulsionado pela maior oferta do biocombustível no mercado interno.

No mercado doméstico, a comercialização de etanol hidratado somou 1,83 bilhão de litros, registrando alta de 3,90% em comparação ao mesmo período da safra anterior. Já o etanol anidro alcançou 1,09 bilhão de litros vendidos, avançando 5,34%. De acordo com Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da UNICA, o volume comercializado de etanol hidratado na segunda quinzena de janeiro surpreendeu ao ultrapassar 1 bilhão de litros, sendo o maior valor registrado desde a segunda metade de julho da safra 2019/2020.

Desde o início da safra 2024/2025 até 1º de fevereiro, a comercialização total de etanol no Centro-Sul alcançou 29,83 bilhões de litros, um crescimento de 10,73%. O volume acumulado de etanol hidratado foi de 19,21 bilhões de litros (+18,18%), enquanto o de anidro registrou leve recuo de 0,60%, somando 10,62 bilhões de litros.

Segundo Rodrigues, o aumento na oferta de etanol, mesmo com a retração da moagem de cana-de-açúcar, ocorreu devido à maior produção a partir do milho, ao direcionamento das usinas para um mix mais alcooleiro, ao estoque de passagem elevado no início da safra e à redução das exportações do biocombustível. Esses fatores permitiram um crescimento expressivo das vendas no mercado interno.

Moagem e produção

Na segunda quinzena de janeiro, as unidades produtoras do Centro-Sul processaram 239,37 mil toneladas de cana, uma queda de 66,28% em relação às 709,8 mil toneladas da safra anterior. No acumulado até 1º de fevereiro, a moagem atingiu 614,16 milhões de toneladas, recuando 4,93% na comparação anual.

Durante a segunda metade de janeiro, 19 unidades produtoras estavam em operação na região, sendo três dedicadas ao processamento de cana, dez especializadas na produção de etanol de milho e seis usinas flex, que operam com ambas as matérias-primas. No mesmo período da safra 2023/2024, 21 unidades estavam em atividade.

Rodrigues destacou que a moagem de cana nesse período é praticamente irrelevante diante do volume total processado na região ao longo da safra. Ele explicou ainda que a retomada da colheita deve ocorrer a partir de março, quando a entressafra se encerra.

Produção de açúcar e etanol

A produção de açúcar na segunda quinzena de janeiro foi de apenas 7,3 mil toneladas. No acumulado da safra, a fabricação totalizou 39,80 milhões de toneladas, uma queda de 5,52% em relação às 42,13 milhões de toneladas registradas no ciclo anterior.

A produção de etanol no período atingiu 401,8 milhões de litros, com destaque para o etanol hidratado, que somou 237,5 milhões de litros (+8,79%), e o etanol anidro, que avançou 73,97%, totalizando 164,3 milhões de litros. No acumulado da safra, a fabricação do biocombustível chegou a 33,19 bilhões de litros (+3,43%), sendo 21,11 bilhões de litros de etanol hidratado (+9,84%) e 12,08 bilhões de litros de anidro (-6,14%).

Do total de etanol produzido na segunda quinzena de janeiro, 96,49% foram obtidos a partir do milho, somando 387,67 milhões de litros, um aumento de 38,40% na comparação anual. No acumulado da safra, a produção de etanol de milho atingiu 6,78 bilhões de litros, avanço de 31,23% em relação ao mesmo período do ciclo anterior.

Rodrigues ressaltou que a produção de etanol de milho já superou o volume total registrado em toda a safra 2023/2024. “Faltando dois meses para o encerramento oficial do ciclo 2024/2025, já temos um recorde na fabricação do biocombustível no Centro-Sul”, afirmou.

Mercado de CBios

Dados da B3 até 10 de fevereiro apontam que, em 2025, os produtores de biocombustíveis emitiram 4,49 milhões de créditos de descarbonização (CBios). Atualmente, o volume de CBios disponível para negociação, considerando a posse de partes obrigadas, não obrigadas e dos emissores, soma 20,60 milhões de créditos.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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