• 12 de fevereiro de 2025
#Saúde

Em visita a Campinas, secretário adjunto do Ministério da Saúde reforça importância das EDLs no controle da dengue

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Nesta quarta-feira (5), o secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Rivaldo Cunha, reuniu-se com gestores da saúde de municípios paulistas no Departamento Regional de Saúde – DRS VII, em Campinas (SP). O encontro teve como objetivo discutir as novas tecnologias utilizadas pelo Ministério da Saúde para a redução das arboviroses no Brasil. Convocada pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (COSEMS/SP), a reunião contou com a participação de gestores de saúde de sete municípios paulistas, além de Campinas: Bragança, Hortolândia, Indaiatuba, Jundiaí, Paulínia, Ribeirão Preto e Santa Bárbara d’Oeste.

Em setembro do ano passado, a pasta lançou um plano de ação para reduzir os impactos da dengue, Zika, chikungunya e oropouche no Brasil. O terceiro eixo do plano prevê o controle vetorial, ou seja, a redução da transmissão do vírus da dengue pelo mosquito Aedes aegypti, por meio de novas tecnologias, como: Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs), método Wolbachia, insetos estéreis e Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI).

A primeira dessas tecnologias foi apresentada aos municípios pelo pesquisador da Fiocruz Amazônia, Sérgio Luz. Trata-se da utilização de um balde contendo água, tela e agente saneante. O Aedes aegypti entra na armadilha e, ao entrar em contato com a tela, impregna-se com o agente saneante. Em seguida, ele transporta a substância para outros criadouros em um raio de até 400 metros, eliminando larvas onde pousa. Essa técnica é especialmente eficaz em áreas onde a eliminação manual dos criadouros é mais complexa, como favelas, imóveis fechados, borracharias e depósitos de sucata.

Para o secretário Rivaldo Cunha, o Brasil não pode continuar utilizando as mesmas estratégias de prevenção da dengue de 40 anos atrás. “Por isso, o ministério vem adotando novas tecnologias. As EDLs já são uma política pública da pasta para o controle da dengue. Elas já apresentam resultados significativos, e a ideia é expandi-las para todo o Brasil”, afirmou.

Os municípios participantes da reunião puderam mapear seus territórios, com apoio dos pesquisadores da Fiocruz, para determinar a quantidade ideal de EDLs necessária para um impacto positivo na prevenção da dengue. A distribuição da tecnologia pode ser feita de quatro maneiras: homogênea, em pontos estratégicos, concentrada ou perimetral.

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Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs) (Foto: divulgação/MS)

Para a distribuição homogênea, a recomendação é:

  • Áreas urbanizadas densas: 1 EDL a cada 7 residências;
  • Áreas urbanizadas pouco densas: 1 EDL a cada 10 residências;
  • Comunidades urbanas ou favelas: 1 EDL a cada 5 residências.

Se a estratégia for a instalação em pontos estratégicos:

  • Pequeno porte: 1 EDL a cada 100m²;
  • Médio porte: 1 EDL a cada 100m² ou 1 EDL a cada 10 metros;
  • Grande porte: 2 EDLs a cada 100m² ou 1 EDL a cada 10 metros.

Para a distribuição concentrada, que abrange áreas urbanizadas densas, pouco densas e comunidades, o mínimo necessário é de 150 EDLs, dependendo da priorização das áreas de intervenção. Já na distribuição perimetral, recomenda-se:

  • Áreas urbanizadas densas e pouco densas: 1 EDL a cada 2 residências;
  • Comunidades urbanas ou favelas: 1 EDL por residência.

Além da instalação, é fundamental que os municípios tenham capacidade operacional para manter as Estações Disseminadoras de Larvicidas em funcionamento adequado, garantindo assim a proteção da população contra o mosquito transmissor das arboviroses.

João Vitor Moura
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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