• 3 de fevereiro de 2025
#Agronegócio

Mercado de Grãos Recua com Novas Tarifas dos EUA

Os mercados globais de grãos registraram quedas expressivas em função da imposição de novas tarifas comerciais pelos Estados Unidos, de acordo com a consultoria TF Agroeconômica. A soja foi um dos produtos mais afetados, com o contrato de março na Bolsa de Chicago (CBOT) caindo US$ 6,50, para US$ 1.035,50. A pressão veio da aplicação de tarifas de 25% sobre as importações do México e do Canadá e de 10% sobre as compras da China. No entanto, o óleo de soja apresentou valorização devido à expectativa de aumento da demanda interna, impulsionada pela restrição à importação de óleo de canola do Canadá.

“As quedas não são maiores graças ao suporte do óleo de soja, que opera em alta devido à possibilidade de que a medida imposta pelo governo Trump impeça a entrada de óleo de canola do Canadá, favorecendo a demanda pelo subproduto da soja nos EUA. Além disso, a continuidade da onda de calor na Argentina e os atrasos na colheita brasileira limitam a desvalorização das oleaginosas”, destaca a TF Agroeconômica.

Milho e Trigo Também Sofrem Recuo

O milho acompanhou a tendência de baixa, com o contrato de março na CBOT recuando US$ 7,25, para US$ 474,75. O pessimismo foi impulsionado pelo impacto das tarifas sobre grandes importadores, como México e China. Entretanto, condições climáticas adversas na Argentina e o atraso na safra brasileira contribuíram para limitar as perdas. Na B3, o milho fechou cotado a R$ 75,56, com uma leve desvalorização de 0,68%.

“A possibilidade de que os países afetados pelas tarifas dos EUA adotem medidas de retaliação aumenta a pressão sobre os preços do milho. Assim como na soja, o impacto negativo foi amenizado pelas condições climáticas desfavoráveis na Argentina e pelo atraso no plantio da safrinha no Brasil”, complementa a consultoria.

O mercado do trigo também registrou quedas, com o contrato de março na CBOT caindo US$ 5,75, para US$ 553,75. O recuo reflete não apenas os impactos das tarifas, mas também a valorização do dólar frente ao euro, que reduz a competitividade das exportações norte-americanas. No Brasil, os preços do trigo apresentaram variações diárias negativas, com a saca cotada a R$ 1.426,20 no Paraná e a R$ 1.308,68 no Rio Grande do Sul. Apesar da queda pontual, ambos os estados ainda registram alta acumulada no mês.

“Além do risco de retaliação às exportações dos EUA, há uma forte valorização do Índice Dólar, bem como do dólar frente ao euro, fatores que dificultam a competitividade dos grãos americanos no mercado internacional”, conclui a análise.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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