Produtor rural é preso pela PRF suspeito de matar casal em assentamento no Mato Grosso
O produtor rural Cleuco Gomes de Brito, de 40 anos, suspeito de assassinar o casal Romildo Borges Martins, de 40 anos, e Crislene Aparecida Ferreira Alves, de 39 anos, em um assentamento entre os municípios de São Félix do Araguaia e Alto Boa Vista (MT), foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-153, em Porangatu (GO), nesta quarta-feira (29). Cleuco estava foragido desde o dia 21 de janeiro, data em que o crime ocorreu.
A prisão aconteceu durante uma abordagem de rotina. Cleuco estava como passageiro em um veículo e ao ser questionado pelos policiais, não apresentou documentos e afirmou não se lembrar de seus dados pessoais. O condutor do carro, por sua vez, informou que havia buscado o passageiro na casa dos pais de criação dele, em Uruaçu (GO), e que o levava para passar o final de semana em uma fazenda no Tocantins.
A equipe da PRF considerou a situação suspeita e decidiu conduzir os dois à Unidade Operacional de Porangatu. No local, Cleuco admitiu que estava mentindo e revelou sua verdadeira identidade, confirmando que era o homem procurado pela polícia.
O duplo homicídio ocorreu no dia 20 de janeiro, em um assentamento rural. De acordo com a Polícia Civil, Romildo havia comprado 800 cabeças de gado de Cleuco, mas atrasou o pagamento de algumas parcelas. O produtor rural passou a cobrar o valor com ameaças e, posteriormente, cometeu o crime. O filho do casal, que estava no local, presenciou o assassinato. Ele relatou à polícia que viu o pai morto próximo a uma cerca e, em seguida, testemunhou o suspeito atirar contra a mãe. Assustado, o menino fugiu e se escondeu.
Testemunhas informaram à polícia que Cleuco estava acompanhado da esposa no dia do crime. Ela teria saído do local em uma caminhonete após ouvir os disparos. A polícia segue investigando o caso para apurar todos os detalhes e a possível participação de outras pessoas no crime.
Cleuco foi autuado e permanece sob custódia, aguardando as próximas etapas do processo judicial. O caso chocou a região e reforça a necessidade de medidas para prevenir e combater a violência no campo.