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Empreendedora do tráfico e “xapa xana” ganha liberdade; marido fica preso

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A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da sétima vara criminal de Cuiabá, converteu a prisão de Israel Bazano Silva para preventiva e mandou soltar a jovem Renata Laial Silva, sob o uso de tornozeleira eletrônica, em audiência de custódia, realizada na tarde de quinta-feira (27), em Cuiabá. O casal foi preso após manter “abertamente” a venda de brigadeiros de maconha, através do perfil @Doceonda.mt, no Instagram. Como brinde aos novos clientes, também ofereciam um lubrificante sexual, chamado de “Xapa Xana”. 

“EXPEÇA-SE o competente MANDADO DE PRISÃO do custodiado ISRAEL BAZANO SILVA e o ALVARÁ DE SOLTURA, da custodiada RENATA LAILA SILVA, colocando esta imediatamente em liberdade, se por outro motivo não estiver presa, ajustando a monitoração eletrônica”, diz trecho da decisão. Renata é mãe de um bebê de dois meses, situação que deve ter sido favorável ela ser colocada em liberdade. 

Israel e Laial foram presos na noite de quarta-feira (26), no bairro Alvorada, na Capital, , pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE). O casal já têm passagens criminais e eram monitorados pela Polícia Civil há pelo menos um ano, após a Polícia ter recebido uma informação de que uma mulher estaria oferecendo doces de maconha na porta de escolas.

No instagram usado pelo casal criminoso era divulgado diariamente a comercialização dos doces, inclusive a receita do “Xapa xana” está em um post publicado no feed, ao qual é relatado o uso de canabidiol – derivado da planta da maconha – como parte da receita do produto, ao qual promete ajudar em cólicas menstruais, antifúngico, antibacteriano, e que ajuda na perda de libido. Embora esses benefícios não estejam comprovados por meio de testes clínicos.

“O Xapa Xana é afrodisíaco, promete te levar aos céus, portanto arrumem um boy que vão aguentar o rojão”, diz trecho da publicação. O produto uruguaio foi desenvolvido pela brasileira Débora Mello, que além da lubrificação, promete estimular a região e aumentar o prazer feminino. A fabricação é totalmente artesanal e no Brasil a regulamentação vigente permite a comercialização de produtos derivados de Cannabis somente para fins medicinais. Eles só podem ser fabricados por indústrias farmacêuticas e vendidos em farmácias e drogarias, mediante prescrição médica e autorização prévia da Agência Nacional de Vigilância Sanitáia (Anvisa). A importação também é permitida sob as mesmas regras. Nos demais casos, a importação ou compra pode ser enquadrada nos crimes de porte ou tráfico de drogas.

Fonte: Folha Max

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