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Juiz condena PMs por quebrar celular de jovem em MT

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O juiz Marcos Faleiros da Silva, da 11ª Vara Criminal Militar de Cuiabá, condenou dois soldados da Polícia Militar de Sinop a dois meses de detenção, após terem quebrado o celular de um homem que estava sendo abordado pelos dois. Eles também teriam injuriado a vítima, xingando-os e por conta da condenação, podem ser expulsos da corporação.

De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP-MT), os soldados F..A.M e W.E.H teriam abordado três menores nas proximidades do cemitério municipal de Sinop, na avenida Dom Henrique Froehlich. Um deles estava ouvindo “funk” em um celular, o que teria irritado o PM.

Na abordagem, o policial teria questionado a um dos menores, como desligava aquela ‘m…’. Ao tentar responder, o militar jogou o telefone no chão e seu companheiro pisou por duas vezes no celular, danificando a tela do aparelho.

Não satisfeitos, eles ainda teriam xingado os menores, chamando-os de “filhos da p…”. “Na hora que nós chegamos no cemitério, tinha uma viatura estacionada. Tinha uma moto bis preta do lado da viatura. Eu passei com a música tocando e cantando a música. Só que a música não falava nada de apologia, só falava besteira. Aí começaram a me xingar por causa da música, eu com a mão na cabeça, e estava com meu celular aqui também, e tocando a música. Aí o policial pegou e falou “: como que desliga essa porra aqui?“ Eu peguei e virei para ele para mostrar como  desligava. Na hora ele pegou e falou bem assim: “é assim que desliga essa porra“, e tacou meu celular no chão. Não lembro bem se foi o outro ou ele mesmo, porque eu estava de costa, e ele falou para eu abaixar a cabeça e não olhar na cara dele. Aí ele pegou e deu dois pisões na tela do celular”, disse um dos menores, em depoimento ao juiz.

O juiz Marcos Faleiros condenou os dois soldados por um mês pelo crime de injúria, por terem xingado os menores, e a um mês por “deteriorarem coisa alheia”. Eles também haviam sido denunciados por supostamente terem ameaçado os menores, mas foram absolvidos.

O MP solicitou a remessa da ação penal para o Procurador-Geral de Justiça, para a possibilidade de um eventual oferecimento de representação pela perda da graduação de Praça, ou seja, uma consequente exclusão dos dois soltados dos quadros da Polícia Militar.

Fonte: Folha Max

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