Ministério da Saúde e Inca reforçam combate ao câncer com lançamento da edição especial da Revista Brasileira de Cancerologia
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Na quarta-feira (4), Dia Mundial do Câncer, o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) lançaram uma edição especial da Revista Brasileira de Cancerologia, dedicada à vigilância epidemiológica e aos fatores de risco da doença. A publicação amplia o conhecimento sobre os impactos do câncer no Brasil e fortalece estratégias de prevenção e monitoramento para políticas públicas na área. A data também marcou o lançamento da nova campanha do Inca, alinhada à iniciativa global “United by Unique“, que destaca a importância da experiência individual de cada paciente na luta contra a doença.
A publicação é resultado de uma ação conjunta do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância das Doenças não Transmissíveis (DAENT) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) e o Instituto Nacional de Câncer (Inca). O principal objetivo é incentivar a produção e divulgar o conhecimento científico sobre vigilância do câncer. A revista destaca 25 estudos inovadores que trazem conhecimentos para pesquisadores, profissionais de saúde, gestores e a sociedade em geral. Dessa forma, busca ampliar o entendimento sobre as doenças crônicas não transmissíveis e promover ações que melhorem a saúde da população.
Geórgia Albuquerque, coordenadora de Vigilância de Doenças Não Transmissíveis (DAENT), destaca que o câncer é a segunda principal causa de morte no Brasil, exigindo uma vigilância intensiva. Ela enfatiza a importância de fortalecer o registro e ampliar a articulação com o campo da pesquisa e ensino – como evidenciado pelos estudos desta publicação – para aprimorar a vigilância e garantir políticas públicas mais eficazes.
A coordenadora destacou que o departamento é responsável pelo gerenciamento de inquéritos populacionais e pesquisas nacionais que compõem o Sistema de Vigilância de Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil. Entre eles, estão a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e o Vigitel. Além disso, ressaltou a importância do monitoramento de indicadores e da análise de dados sobre DCNT e seus fatores de risco. Citou ainda a Nota Técnica Conjunta nº 263/2024, que evidencia o impacto do álcool na saúde pública, reforçando a relevância da vigilância do câncer e das pesquisas na área.
Plano de DANT
O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis (Plano de DANT) 2021-2030 define 226 ações estratégicas a serem executadas pelo Ministério da Saúde, Estados, Municípios e o Distrito Federal. Além disso, estabelece 23 metas e indicadores para monitorar o impacto dessas ações. Entre as metas específicas para o câncer, destacam-se a redução da mortalidade prematura em 10% para câncer de mama, 20% para câncer de colo do útero e 10% para câncer do aparelho digestivo, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e às metas globais de prevenção e controle de DCNT.
A vigilância do câncer e a implementação do Plano de DANT estão previstas na Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), instituída pela Lei 14.758/2023. Entre seus princípios e diretrizes, destacam-se a organização da vigilância do câncer por meio da coleta e análise de informações, monitoramento e avaliação das ações de controle da doença, além da contribuição para a implementação integral do plano estratégico no país.
Paola Acioly
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde