O mercado da soja continua apresentando valorização na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (5), embora os ganhos sejam mais moderados em comparação aos dias anteriores. Por volta das 7h15 (horário de Brasília), os contratos com vencimento em maio eram cotados a US$ 10,90 por bushel, enquanto o contrato de julho alcançava US$ 11,02 por bushel, com alta de 2 a 2,5 pontos. Dentro do complexo da soja, o óleo apresentou quedas, enquanto o farelo se manteve estável. Já os preços do milho e do trigo registraram aumentos, fornecendo suporte adicional para os preços da oleaginosa.

Os preços da soja seguem sendo impulsionados pelas preocupações com as condições climáticas na América do Sul. As previsões indicam a persistência de temperaturas elevadas e a escassez de chuvas no Rio Grande do Sul e na Argentina, devido a uma nova onda de calor que afeta essas regiões. Esse cenário continua a gerar incertezas sobre a quantidade de soja que será colhida no Brasil e na Argentina, com expectativas de novos cortes nas estimativas de produção, especialmente a partir da divulgação do boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), prevista para a próxima semana.

Além disso, o mercado permanece atento às tensões comerciais envolvendo os Estados Unidos e a China. No último sábado (1), o governo dos EUA impôs novas tarifas à China, que retaliou com medidas próprias na terça-feira (4), iniciando uma nova fase da guerra comercial entre as duas potências. Esse desentendimento gera incertezas quanto à evolução do cenário comercial e suas implicações para os mercados agrícolas.

No contexto do mercado cambial, a recente queda do dólar, especialmente em relação ao real, que ontem foi cotado abaixo dos R$ 5,80, também tem contribuído para o aumento dos preços da soja na Bolsa de Chicago.

Fonte: Portal do Agronegócio