Equilíbrio entre oferta e demanda mantém preços firmes da carne suína no mercado interno
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O mercado de carne suína apresentou comportamento positivo nesta semana, com valorização tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes no atacado. De acordo com o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, o aumento dos preços foi observado em algumas praças do Centro-Sul do Brasil, reflexo de um equilíbrio entre oferta e demanda nas negociações com a indústria.
Apesar disso, os frigoríficos mantêm postura cautelosa, monitorando o desempenho do mercado atacadista, onde os cortes ainda enfrentam dificuldade para novas altas.
Expectativa de consumo aquecido nas festas de fim de ano
Segundo Maia, há expectativa de forte consumo até o encerramento de dezembro, impulsionado pela capitalização das famílias e pelo aumento do consumo em datas festivas. Esse movimento pode favorecer a reposição dos estoques nas próximas semanas.
O analista também destacou que as exportações de carne suína seguem firmes, ajudando a reduzir a oferta interna e a sustentar os preços no mercado doméstico.
“Há uma perspectiva de bom consumo até o fechamento do ano, o que posteriormente pode favorecer a reposição. O ritmo de exportação segue forte, o que ajusta a disponibilidade doméstica e sustenta as cotações”, afirmou Allan Maia.
Preços do suíno vivo e cortes registram avanços pontuais
De acordo com levantamento da Safras & Mercado, o preço médio nacional do quilo do suíno vivo subiu de R$ 7,92 para R$ 7,97 na semana. No atacado, a média dos cortes de pernil ficou em R$ 13,40, enquanto a carcaça suína foi cotada a R$ 12,64.
Em São Paulo, a arroba suína teve valorização de R$ 167,00 para R$ 169,00. No Rio Grande do Sul, o quilo vivo permaneceu em R$ 6,75 na integração, mas subiu de R$ 8,40 para R$ 8,50 no mercado independente.
Em Santa Catarina, a integração manteve-se em R$ 6,70, enquanto o preço no interior subiu de R$ 8,35 para R$ 8,50. No Paraná, o mercado livre registrou estabilidade em R$ 8,40, e a integração manteve-se em R$ 6,90.
Já em Campo Grande (MS), as cotações ficaram em R$ 8,00 no mercado livre e R$ 6,70 na integração. Em Goiânia (GO), houve alta de R$ 8,15 para R$ 8,50, enquanto no interior de Minas Gerais os preços se mantiveram em R$ 8,50, e no mercado independente em R$ 8,70.
Em Rondonópolis (MT), o preço do quilo vivo permaneceu em R$ 8,00, com a integração estável em R$ 7,20.
Exportações de carne suína crescem mais de 50% em valor diário
As exportações brasileiras de carne suína in natura somaram US$ 172,06 milhões nos dez primeiros dias úteis de dezembro, com média diária de US$ 17,21 milhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O volume exportado atingiu 67,1 mil toneladas, equivalente a uma média diária de 6,71 mil toneladas, com preço médio de US$ 2.564,20 por tonelada.
Na comparação com dezembro de 2024, houve avanço de 51,3% no valor médio diário, alta de 49,2% no volume embarcado e crescimento de 1,4% no preço médio. Esses resultados reforçam a forte demanda internacional pela proteína suína brasileira e contribuem para o equilíbrio do mercado interno.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio





